O Papa Francisco, que sofreu uma crise respiratória na sexta-feira, passou uma "noite tranquila", anunciou o Vaticano este domingo, quando se cumpre o 17.º dia de internamento.."A noite foi tranquila, o Papa ainda se encontra a descansar", refere a informação divulgada pelo Vaticano que, na noite de sábado, indicou que a condição clínica do pontífice de 88 anos "estava estável", confirmando que o prognóstico permanece "reservado".Mais tarde, num texto transmitido no Angelus, o Papa Francisco disse sentir "no seu coração 'a bênção' que se esconde na fragilidade" e agradeceu aos médicos e aos fiéis que rezam por ele."Envio-vos estes pensamentos ainda do hospital, onde, como sabem, estou há vários dias, acompanhado por médicos e profissionais de saúde, a quem agradeço a atenção com que cuidam de mim", referiu o Papa, dizendo sentir "no seu coração 'a bênção' que se esconde na fragilidade".O chefe de Estado do Vaticano agradeceu ainda aos fiéis que rezam pela sua saúde: "Gostaria de agradecer as orações que sobem ao Senhor [Deus, para os católicos] do coração de muitos fiéis em muitas partes do mundo", refere o texto divulgado pelo gabinete de imprensa e citado pela EFE."Sinto todo o vosso carinho e a vossa proximidade e, neste momento particular, sinto-me como se fosse 'carregado' e apoiado por todo o Povo de Deus. Obrigado a todos!", acrescentou o Papa, dando ainda "graças a Deus" pela "oportunidade de partilhar no corpo ou no espírito a condição de tantas pessoas doentes e sofredoras".A oração dominical do Angelus é, habitualmente, lida pelo Papa a partir da janela do Palácio Apostólico para os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, mas, nos últimos três domingos, devido à sua hospitalização, os seus discursos foram transmitidos apenas sob a forma de texto.Como tem sido habitual nos seus discursos, o Papa fez um novo apelo para o fim dos conflitos armados que existem no mundo."Rezo por vós também. E rezo sobretudo pela paz. Daqui [do hospital], a guerra parece ainda mais absurda", realçou, pedindo orações pela Ucrânia, Palestina, Israel, Líbano, Myanmar, Sudão e pela região congolesa de Kivu.