Oito pessoas condenadas no caso dos Ladrões Avós que assaltaram Kim Kardashian em 2016
Quase uma década depois, o caso dos Ladrões Avós chegou esta sexta-feira ao fim em França. Dos dez acusados que, em 2016, assaltaram o quarto de hotel de Paris onde Kim Kardashian pernoitava, levando joias no valor de 9 milhões de euros, oito foram considerados culpados e dois foram absolvidos.
Os dez arguidos – nove homens e uma mulher – estiveram na manhã desta sexta-feira no tribunal, que os dispensou até às 19h00 locais, hora que ficara marcada para o veridicto.
Na quarta-feira, a acusação pediu uma pena de prisão de dez anos para o alegado mentor do crime, Aomar Aït Khedache, de 69 anos, surdo e praticamente mudo, e para outros três acusados. Contudo, o tribunal de Paris condenou-o a oito anos de prisão, sendo que cinco deles são em pena suspensa.
Três dos outros acusados considerados culpados foram condenados a sete anos de prisão, também com cinco anos em pena suspensa.
Todos os acusados têm já uma idade avançada, alguns usam sapatos ortopédicos, um tem problemas de audição e um anda de bengala, mas são suspeitos de terem cometido um dos assaltos a celebridades mais audaciosos da história.
Na madrugada de 3 de outubro de 2016, com a cara tapada, entraram no quarto do luxuoso Hôtel de Pourtalès, onde Kim Kardashian se encontrava hospedada para assistir à Semana da Moda de Paris, amarraram-na com braçadeiras de plástico, ameaçaram-na com uma arma e fugiram com um anel no valor de quatro milhões de euros e um cofre com joias avaliadas em cinco milhões.
A procuradoria havia pedido aos três juízes e seis jurados que não se deixassem influenciar pelas rugas dos suspeitos, lembrando que aquando do assalto eles eram “ladrões experientes do crime organizado” e com antecedentes criminais. Já a defesa alegava que uma pena de prisão equivaleria a uma pena perpétua e lembrou o momento em tribunal em que Kardashian disse perdoar Aomar Aït Khedache, depois de o advogado deste ter lido uma mensagem em que ele pedia perdão.
Kim Kardashian testemunhou no início do mês e lembrou o assalto, a forma como foi amarrada e ameaçada. “Pensei que ia morrer”, disse.