O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, visitou o local do acidente
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, visitou o local do acidente Press Information Bureau /EPA

Novo balanço provisório de queda de avião na Índia aponta para 279 mortos

O anterior balanço era de 265 mortos, incluindo passageiros e tripulantes da aeronave Boeing 787 ou aqueles que morreram no solo devido à queda.
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O número provisório de mortos causados pelo avião da Air India que se despenhou na quinta-feira, 12 de junho, na cidade de Ahmedabad,no noroeste da Índia, subiu para 279, informou este sábado, 14, uma fonte policial.

Um total de 279 corpos ou partes de corpos foram levados para o hospital da cidade desde o desastre, disse à agência de notícias France-Press uma fonte, que pediu para não ser identificada.

O anterior balanço era de 265 mortos, incluindo passageiros e tripulantes da aeronave Boeing 787 ou aqueles que morreram no solo devido à queda, depois da descolagem do aeroporto internacional de Ahmedabad, com destino a Londres Gatwick.

O avião transportava 230 passageiros, sete portugueses, 169 indianos, 53 britânicos e um canadiano, e 12 tripulantes.

O ministro do Interior da Índia, Amit Shah, indicou que o número final de mortos no desastre, um dos mais mortíferos do mundo desde 2000, seria divulgado assim que todas as identificações de ADN das vítimas estivessem concluídas.

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As autoridades indianas anunciaram ter recuperado na sexta-feira uma das "caixas negras" do avião.

O Gravador Digital de Dados de Voo foi encontrado no telhado da residência universitária de uma faculdade de medicina atingida pela aeronave.

Os mortos incluem pelo menos quatro estudantes de medicina, sendo que dezenas de estudantes ficaram feridos, incluindo quatro em estado crítico, disseram fontes hospitalares.

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Apenas um passageiro sobreviveu. Viswashkumar Ramesh, cidadão britânico de origem indiana, com 40 anos, que ocupava um lugar junto a uma saída de emergência.

O sobrevivente disse à televisão pública indiana que o avião teve dificuldades logo após a descolagem e embateu num edifício antes de explodir, tendo conseguido escapar depois de uma porta se ter soltado com o impacto.

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O Gabinete de Investigação de Acidentes de Aviação da Índia está a conduzir a investigação, com o apoio de especialistas dos reguladores norte-americanos dos transportes e da aviação, assim como das empresas Boeing e General Electric.

As equipas continuam a procurar a segunda "caixa negra", o gravador de voz da cabine, que pode esclarecer as comunicações entre os pilotos durante os momentos finais do voo.

Foi também recuperado um gravador de vídeo digital, que poderá fornecer contexto visual adicional à investigação.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, natural do estado onde ocorreu a tragédia, visitou o local do acidente e deslocou-se ao hospital onde se encontra internado o único sobrevivente.

“Estamos todos devastados com esta tragédia aérea. A perda de tantas vidas de forma tão repentina e dolorosa é indescritível”, escreveu Modi nas redes sociais.

Este foi o primeiro acidente mortal envolvendo um Boeing 787 Dreamliner em 16 anos de operação. A Air India, atualmente controlada pelo grupo privado Tata Sons, tem vindo a renovar a frota e a integrar outras companhias aéreas desde a privatização em 2022.

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