O presidente Volodymyr Zelensky felicitou este domingo, 24 de agosto, os ucranianos pelo Dia da Independência com uma mensagem emotiva sobre a aspiração a uma paz justa, segura e duradoura, em contraste com os discursos mais combativos dos anos anteriores.“Um dia, a distância entre os ucranianos desaparecerá e estaremos novamente juntos como um país e uma família. É apenas uma questão de tempo”, prometeu o líder ucraniano, advertindo, porém, que a Ucrânia está em condições de retaliar os ataques russos e danificar as infraestruturas estratégicas, se a Rússia não concordar com um cessar-fogo. “Ninguém pode proibir-nos esses ataques, porque são justos”, afirmou.De acordo com as autoridades russas, a Ucrânia lançou este domingo um ataque de drones contra a Rússia, forçando uma queda acentuada na capacidade de um reator na central nuclear de Kursk provocando um grande incêndio no principal terminal de exportação de combustível de Ust-Luga.Na sua mensagem de deste domingo, Zelensky afirmou ainda que não haverá nenhum compromisso vergonhoso para alcançar a paz e que Kiev aspira a um acordo digno e abrangente que garanta a segurança. “Só nós decidiremos o nosso futuro”, declarou, prometendo que Kiev receberá dos aliados “garantias de segurança tão fortes que ninguém pensará em atacar” novamente o país.E os aliados da Ucrânia mostraram o seu apoio a Kiev, com especial destaque para o primeiro-ministro canadiano, que na sua primeira visita à capital ucraniana disse não poder descartar o envio de forças de manutenção de paz. “Na opinião do Canadá, não é realista que a única garantia de segurança seja o poder das Forças Armadas ucranianas, que precisa de ser reforçado”, afirmou Mark Carney.Do lado de Moscovo, numa entrevista à emissora pública Rossya, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, criticou ontem países ocidentais, dizendo que “eles estão apenas à procura de um pretexto para impedir as negociações”.Numa outra entrevista, desta vez à norte-americana NBC News, Lavrov afirmou que um grupo de países, incluindo membros do Conselho de Segurança da ONU, mas também Alemanha e Turquia, entre outros, deveriam ser os garantes da segurança da Ucrânia. “E os garantes estariam a garantir a segurança da Ucrânia, que deve ser neutra, não estar alinhada com nenhum bloco militar e não deve ser nuclear”, afirmou ainda o ministro russo ao Meet the Press..Rússia e Ucrânia trocam 292 prisioneiros de guerra.Meio milhar de pessoas juntam-se em Lisboa para celebrar dia da independência da Ucrânia - fotogaleria