Nigéria admite novos ataques em conjunto com os EUA contra extremistas islâmicos no país
Yusuf Tuggar / Facebook

Nigéria admite novos ataques em conjunto com os EUA contra extremistas islâmicos no país

A possibilidade foi admitida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria após o ataque dos EUA contra o grupo jihadista Estado Islâmico, no noroeste do país, anunciado no dia de Natal.
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O chefe da diplomacia da Nigéria admitiu novos ataques em conjunto com os Estados Unidos contra extremistas islâmicos em solo nigeriano, após o ataque norte-americano contra o grupo jihadista autodenominado Estado Islâmico (EI), no noroeste do país, anunciado no dia de Natal.

“Acredito que isso é algo contínuo e estamos a trabalhar com os EUA”, afirmou Yusuf Tuggar, o ministro nigeriano dos Negócios Estrangeiros nigeriano. À Channels Television, o governante afirmou na sexta-feira, 26 de dezembro, um dia após o ataque, que se trata de "uma nova fase de um antigo conflito”.

O ministro disse que o ataque a posições do EI em solo nigeriano foi acordado com o seu homólogo norte-americano, Marco Rubio, e que a ofensiva obteve a luz verde do presidente da Nigéria, Bola Tinubu.

Tuggar referiu que “foi a Nigéria que forneceu informações para o ataque dos EUA em território nigeriano". "Falei com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, durante 19 minutos antes do ataque, e concordámos em falar com o presidente Tinubu para obter a sua aprovação, e ele concedeu-a”, disse.

Agora que os EUA estão a cooperar, vamos fazê-lo em conjunto e garantir, como o presidente enfatizou antes de dar a autorização, que fica claro que se trata de uma operação conjunta e que não visa nenhuma religião específica, nem é realizada em nome de uma religião ou outra”, disse o Tuggar no programa Sunrise Daily, do canal de televisão local.

Donald Trump, no entanto, no anúncio do ataque ameaçou que as forças norte-americanas procederão a novos ataques se a organização extremista continuar a matar cristãos naquele país africano.

“Já antes tinha avisado estes terroristas de que, se não acabassem com o massacre de cristãos, pagariam caro, e esta noite (quinta-feira, 25 de dezembro) pagaram”, afirmou na sua rede social, Truth Social, acrescentando que “o Departamento de Guerra realizou muitos ataques perfeitos, como só os Estados Unidos são capazes de fazer”.

O ministro nigeriano nega, porém, motivos religiosos. “Somos um país multirreligioso e estamos a trabalhar com parceiros como os EUA para combater o terrorismo e proteger a vida e os bens dos nigerianos”, afirmou Tuggar.

A possibilidade de novos ataques contra o Estado Islâmico na Nigéria foi agora levantada pelas autoridades do país, já depois do secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ter referido “mais para vir” na publicação na rede social X que anunciou o ataque no dia de Natal.

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