O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou este domingo, 7 de dezembro, que a segunda fase do plano dos EUA para pôr fim à guerra em Gaza estava perto e que Israel e Hamas "devem avançar muito em breve para a segunda fase do cessar-fogo", depois de o grupo devolver os restos mortais do último refém mantido em Gaza. Segundo o chefe de Governo isso poderá acontecer já no final deste mês.O Hamas ainda não entregou os restos mortais de Ran Gvili, um polícia de 24 anos morto no ataque liderado pelo Hamas, a 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra, cujo corpo está em Gaza.Segundo afimou, Netanyahu vai discutir a segunda fase do plano para Gaza com Trump ainda este mês. No mês passado, o gabinete do primeiro-ministro disse que o presidente dos EUA tinha convidado Netanyahu a ir à Casa Branca "em breve", mas uma data nunca foi apontada.A segunda fase do cessar-fogo inclui o desarmamento do Hamas e a desmilitarização de Gaza, o envio de uma força internacional para garantir a segurança de Gaza e a formação de um governo palestiniano temporário para gerir os assuntos quotidianos sob a supervisão de um conselho internacional liderado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.Numa conferência de imprensa com o chanceler alemão, Friedrich Merz, que se encontra de visita ao país, Netanyahu disse que poucas pessoas acreditavam que a primeira fase do cessar-fogo pudesse ser alcançada, e que a segunda fase é igualmente desafiante. “Há uma terceira fase, que é a desradicalização de Gaza, algo que também muitos acreditavam ser impossível. Mas isso foi feito na Alemanha, no Japão e nos Estados do Golfo. Pode ser feito em Gaza também, mas é claro que o Hamas precisa de ser desmantelado”, disse.No sábado, o Hamas disse estar disposto a entregar as armas a uma autoridade palestiniana, "se a ocupação terminar".Segundo o Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo Hamas, pelo menos 367 pessoas morreram em ataques israelitas na Faixa de Gaza desde que o cessar-fogo entrou em vigor..Israel anuncia ter identificado restos mortais do penúltimo refém ainda detido em Gaza.Israel autorizado a participar na Eurovisão. RTP confirma participação, mas quatro países anunciam boicote