A Malásia anunciou esta quarta-feira, 3 de dezembro, que vai retomar as buscas pelo voo MH370 da companhia aérea Malaysia Airlines, desaparecido com 239 pessoas a bordo em março de 2014, pouco depois de descolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim."A [empresa] Ocean Infinity e o Governo da Malásia confirmam que iniciarão [em 30 de dezembro] as operações de busca por um total de 55 dias, de forma intermitente", anunciou o Ministério dos Transportes da Malásia, através de um comunicado com a data de hoje.A Ocean Infinity é uma empresa de robótica e exploração do fundo do mar com sede nos Estados Unidos e no Reino Unido, que há anos colabora na busca do avião, desaparecido em 8 de março de 2014, cerca de 40 minutos após a descolagem de Kuala Lumpur com destino à capital chinesa.A aeronave desapareceu dos radares após deixar o espaço aéreo da Malásia e entrar no do Vietname, quando, em princípio, se desviou da rota para o sul do Índico, sem que se conheçam ainda as causas.A bordo do Boeing 777 viajavam 153 chineses, 50 malaios (12 faziam parte da tripulação), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos, dois iranianos, um russo, um neerlandês e um taiwanês.Inicialmente, a Malásia, a China e a Austrália realizaram uma busca conjunta em cerca de 120.000 quilómetros quadrados no Índico, mas encerraram as operações em janeiro de 2017, sem encontrar os destroços do avião.A Ocean Infinity também tentou localizar o aparelho numa área de cerca de 100.000 quilómetros quadrados entre janeiro e junho de 2018, sem sucesso.Em abril passado, o Governo da Malásia afirmou que a operação de busca da aeronave havia sido interrompida por "não ser a época" ideal para o efeito, mas adiantou que seria retomada no final deste ano.O comunicado de hoje concretiza que a busca será realizada numa "área específica com maior probabilidade de localização da aeronave", e dá seguimento a um acordo entre a Ocean Infinity e o Governo da Malásia, sem dar mais detalhes.Em fevereiro passado, a empresa afirmou que a busca se baseia em informações "confiáveis" e se concentrará numa área que "foi ignorada" durante missões anteriores..Destroços são "possivelmente" do Boeing da Malasya Airlines