O papa a entrar no auditório Paulo VI para a audiência com os media.
O papa a entrar no auditório Paulo VI para a audiência com os media.EPA/ETTORE FERRARI

Leão XIV pede libertação de jornalistas presos. "Só os povos informados podem tomar decisões livres"

O papa recebeu em audiência os jornalistas que estão no Vaticano. Discursou durante dez minutos sem direito a perguntas.
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O papa Leão XIV pediu a libertação dos jornalistas que estão presos em todo o mundo "por terem procurado e contado a verdade", lembrando que "só os povos informados podem tomar decisões livres".

Na primeira audiência com os jornalistas que estão no Vaticano, dos que fizeram a cobertura do funeral do papa Francisco até aos que ficaram para o conclave, Leão XIV falou durante dez minutos e não respondeu a perguntas.

Quatro dias depois de ter sido eleito, o papa insistiu também diante dos jornalistas na ideia de paz que tem repetido nas suas homilias e discursos.

“A forma como comunicamos é de fundamental importância”, disse Leão XIV. “Devemos dizer ‘não’ à guerra das palavras e das imagens. Devemos rejeitar o paradigma da guerra", acrescentou.

E pediu aos jornalistas que promovam um tipo diferente de comunicação, que “não procure o consenso a todo o custo, não utilize palavras agressivas, não siga a cultura da competição e nunca separe a busca da verdade do amor com que devemos procurá-la humildemente”.

O papa defendeu ainda que “a comunicação não é apenas a transmissão de informação”, “mas é também a criação de uma cultura, de ambientes humanos e digitais que se tornam espaços de diálogo e discussão”.

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Falando na Inteligência Artificial, que já num discurso aos cardeais, no sábado, disse representar um desafio, o papa explicou que representa também um "imenso potencial". Mas que exige “responsabilidade e discernimento para garantir que possa ser utilizada para o bem de todos, para que possa beneficiar toda a humanidade”.

Leão XIV terminou a sua intervenção citando a mensagem do papa Francisco no Dia da Comunicação Social. "Vamos desarmar a comunicação de todo o preconceito e ressentimento, fanatismo e até ódio”, disse o papa. “Desarmemos as palavras e ajudaremos a desarmar o mundo.”

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