Taha al Zubi, líder do Estado Islâmico.
Taha al Zubi, líder do Estado Islâmico.

Líder do Estado Islâmico em Damasco detido na Síria. Turquia detém 115 suspeitos de pertencerem ao grupo

Autoridades sírias anunciaram a detenção de Taha al Zubi, numa operação realizada em conjunto com a Coligação Internacional contra a organização terrorista.
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As autoridades sírias anunciaram esta quarta-feira, 24 de dezembro, a detenção de Taha al Zubi, líder do Estado Islâmico na província de Damasco, numa operação realizada em conjunto com a Coligação Internacional contra a organização terrorista.

"A operação resultou na detenção do líder da organização terrorista em Damasco, Taha al Zubi, apelidado de 'Abu Omar Tabia', e de vários dos seus colaboradores. Foram apreendidos um cinto explosivo e uma arma militar", confirmou o chefe das Forças de Segurança Interna na referida região síria, Ahmed al Dalati, em declarações à agência noticiosa estatal SANA.

A captura de Al Zubi ocorreu na localidade de Muadamiyat, no âmbito de uma "operação de segurança precisa, dirigida contra um esconderijo da organização terrorista" Estado Islâmico e "após uma vigilância meticulosa e um intenso acompanhamento de inteligência", precisou o general sírio.

Segundo Dalati, a detenção representa "um duro golpe" para o grupo extremista islâmico e "confirma o alto nível de preparação" das forças de segurança sírias para enfrentar "qualquer ameaça à segurança da província [de Damasco] e seus arredores".

"Enviamos uma mensagem clara a qualquer pessoa que se atreva a participar em atividades terroristas ou a oferecer apoio ao Estado Islâmico: a justiça irá alcançá-los onde quer que estejam e não encontrarão refúgio na nossa terra. A segurança da Síria é uma linha vermelha e continuaremos a atacar com mão de ferro até à completa erradicação dos remanescentes do terrorismo e dos seus esconderijos", afirmou.

Pelo menos cinco pessoas morreram nos bombardeamentos lançados na última sexta-feira pela coligação liderada pelos Estados Unidos sobre alvos supostamente pertencentes ao Estado Islâmico em Deir Ezzor, no leste da Síria.

Estes ataques foram executados em retaliação pela morte de três norte-americanos — dois soldados e um civil — numa ação de um alegado membro da organização terrorista em Palmira, no passado dia 13 de dezembro.

Taha al Zubi, líder do Estado Islâmico.
EUA lançam ataques de grande escala contra o Estado Islâmico na Síria em retaliação a mortes de militares

Entretanto, o procurador de Istambul ordenou a detenção de 137 suspeitos de pertencerem ao grupo Estado Islâmico (EI), 115 dos quais foram detidos esta quinta-feira, por suspeita de planearem ataques durante o período de festividades do fim do ano.

De acordo com um comunicado do gabinete do procurador, a ordem de detenção aconteceu "após receber dados dos serviços de informações indicando que a organização terrorista Estado Islâmico estava a planear ataques durante as celebrações de Natal e Ano Novo".

Detenções semelhantes são realizadas regularmente no fim do ano, antes das tradicionais celebrações de Ano Novo. A Turquia, que partilha uma fronteira de 900 quilómetros com a Síria, teme a infiltração do grupo extremista islâmico, que se mantém ativo no seu país vizinho.

O Estado Islâmico foi recentemente acusado de atacar norte-americanos em Palmira, na Síria, matando dois soldados e um intérprete.

Os serviços de informações turcos anunciaram esta semana a detenção, "entre o Afeganistão e o Paquistão", de um suposto chefe do grupo Estado Islâmico, que estaria a planear ataques na região e até na Europa.

Na altura da detenção, o suspeito, Mehmet Gören, que entretanto foi levado para a Turquia, foi acusado pelos serviços de informação turcos, de "planear ataques suicidas contra civis no Afeganistão, Paquistão, Turquia e Europa".

Vários países, incluindo França, reportaram uma ameaça terrorista particularmente elevada no final deste ano.

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