Donald Trump, presidente dos EUA
Donald Trump, presidente dos EUAEPA/WIN MCNAMEE

EUA lançam ataques de grande escala contra o Estado Islâmico na Síria em retaliação a mortes de militares

Operação "Hawkeye Strike" visou dezenas de alvos em coordenação com o governo sírio, após ataque que vitimou soldados americanos no fim de semana passado.
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As forças militares dos Estados Unidos lançaram, esta sexta-feira, 19 de dezembro, ataques de grande envergadura contra dezenas de alvos do Estado Islâmico (ISIS) na Síria. Segundo oficiais norte-americanos, a operação surge como resposta direta a um ataque contra pessoal dos EUA ocorrido no passado sábado.

O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, denominou a missão como "Operação Hawkeye Strike", revelando que os bombardeamentos visaram combatentes, infraestruturas e depósitos de armas do grupo terrorista.

"Isto não é o início de uma guerra -- é uma declaração de vingança", afirmou Hegseth. "Hoje, caçámos e matámos os nossos inimigos. Muitos deles. E continuaremos", disse em declaração oficial.

Já o presidente Donald Trump confirmou, através das redes sociais, que o governo sírio apoiou totalmente os ataques, descrevendo a ação como uma "retaliação muito séria".

Segundo fontes oficiais que falaram à Reuters sob anonimato, os ataques atingiram alvos no centro da Síria e foram executados por caças F-15 e A-10, helicópteros Apache e sistemas de artilharia de foguetes HIMARS.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria reiterou o seu compromisso no combate ao Estado Islâmico, assegurando que o grupo não terá "refúgios seguros em território sírio". Atualmente, o governo sírio é liderado por antigos rebeldes que derrubaram Bashar al-Assad no ano passado, após 13 anos de guerra civil. Esta nova liderança tem cooperado estreitamente com a coligação liderada pelos EUA.

A ofensiva agora iniciada foi motivada pela morte de dois soldados do exército norte-americano e de um intérprete civil na cidade de Palmira. O atacante, que foi morto no local, foi identificado pelo Ministério do Interior sírio como um membro das forças de segurança suspeito de simpatizar com o ISIS.

Atualmente, permanecem cerca de 1000 militares dos EUA destacados na Síria.

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