Justiça da UE rejeita processo de pai de Le Pen para evitar devolver 300 mil euros ao PE
EPA / STEPHANIE LECOCQ

Justiça da UE rejeita processo de pai de Le Pen para evitar devolver 300 mil euros ao PE

O Parlamento Europeu disse que estavam comprovadas “despesas pessoais” de Jean-Marie Le Pen, que morreu a 7 de janeiro deste ano, apresentadas como gastos de eurodeputados.
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 O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) rejeitou uma ação interposta pelo ex-líder da extrema-direita em França, Jean-Marie Le Pen, para evitar devolver 303.200 euros que o Parlamento Europeu (PE) considerou que recebeu ilicitamente, foi esta quarta-feira (16) anunciado.

De acordo com o acórdão divulgado, o Tribunal Geral da União Europeia, que faz parte do TJUE, rejeitou uma ação apresentada em 2024 por Jean-Marie Le Pen contra a decisão do Secretariado-Geral do PE que considerou que “atribuíram erradamente” 303.200,99 euros ao ex-líder da extrema-direita francesa.

O PE disse que estavam comprovadas “despesas pessoais” de Jean-Marie Le Pen apresentadas como despesas de eurodeputados.

O ex-líder da extrema-direita em França tinha apresentado o processo por considerar que tinha sido violado o direito a um julgamento justo e que havia ambiguidades legais na decisão do Parlamento Europeu.

Justiça da UE rejeita processo de pai de Le Pen para evitar devolver 300 mil euros ao PE
Morreu Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema-direita francesa

Jean-Marie Le Pen morreu 7 de janeiro deste ano e a filha, Marine Le Pen, atual líder da extrema-direita em França, e as irmãs, Marie-Caroline Le Pen e Yann Le Pen, assumiram a ação interposta pelo pai no TJUE.

“O Tribunal Geral [da UE] rejeitou a ação apresentada pelo senhor Le Pen e pelas herdeiras”, sustentou o TJUE em comunicado que acompanha a decisão.

O tribunal considerou que não houve qualquer infração dos princípios da legalidade ou ambiguidades e que a decisão do Parlamento Europeu decorreu de uma avaliação justa.

De acordo com o TJUE, desde 23 de janeiro de 2024 que o Secretariado-Geral do PE tinha informado Jean-Marie Le Pen das irregularidades sobre o dinheiro que tinha recebido e pediu explicações no prazo de dois meses.

O Tribunal Geral acrescentou que a decisão de restituição do montante estava sustentada no contexto legal adequado relativo a irregularidades.

A resposta chegou em março desse ano, através de uma das filhas do ex-líder da extrema-direita francesa, mas o PE considerou que não estava de acordo com as regras aplicáveis para a atribuição de dinheiro.

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