Dezenas de jornalistas entregaram as credenciais de acesso ao Pentágono e abandonaram o edifício na quarta-feira, 15 de outubro, em desacordo com as restrições impostas ao seu trabalho. Segundo a AP, as autoridades norte-americanas classificam as novas regras como "bom senso" para ajudar a regular uma imprensa "muito perturbadora". Já para os jornalistas estas novas disposições "amordaçam os funcionários do Pentágono e ameaçam de retaliação os jornalistas que procuram informações que não foram previamente aprovadas para publicação".Um grande número de meios de comunicação social americanos e internacionais, incluindo o New York Times, Fox News, ABC, CBS, CNN, NBC e as agências Associated Press e a AFP, recusaram-se a assinar o documento do Pentágono que estabelece medidas restritivas para a imprensa.O documento do Pentágono introduz especificamente a ideia de que os jornalistas acreditados não podem solicitar nem publicar certas informações sem autorização explícita do Ministério da Defesa.À medida que se aproximava o prazo para assinar o documento concordando com as novas medidas, os jornalistas começaram a juntar, nos corredores do Pentágono, caixas com documentos, livros, cadeiras e até fotocopiadores. Refira-se que estes jornalistas têm o seu local de trabalho nas próprias instalações do Pentágono. Pouco depois das 16h00, cerca de meia centena de jornalistas entregaram as credenciais e abandonaram o edifício.. "As novas restrições propostas neste documento vão contra os fundamentos do trabalho do jornalista e minam os direitos previstos na Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos", que consagra a liberdade de imprensa, considerou a agência de notícias francesa AFP.Os canais americanos ABC, CBS, CNN, NBC e Fox News consideraram que as novas exigências do Pentágono restringiriam a capacidade dos jornalistas de continuar a informar a nação e o mundo sobre questões importantes de segurança nacional. "Continuaremos a cobrir o exército americano (...) defendendo os princípios de uma imprensa livre e independente", garantiram.. Para Pete Hegseth estas novas medidas são uma questão de "bom senso", considerando que assinar o documento significa que os jornalistas reconhecem as regras, não que concordem com elas.Estas novas medidas fazem parte de uma ofensiva mais ampla, conduzida desde o regresso ao poder de Donald Trump, restringindo o acesso dos jornalistas ao Pentágono.Nos meses anteriores, o Departamento de Defesa - recentemente renomeado pelo governo Trump como Departamento de Guerra - acabou com gabinetes dedicados aos órgãos de comunicação social no Pentágono, expulsando, assim, alguns meios, incluindo o New York Times, o Washington Post e a CNN.As conferências de imprensa foram drasticamente reduzidas: realizaram-se menos de seis, desde o início do ano, em comparação com pelo menos duas por semana em média sob a presidência do democrata Joe Biden.O departamento também restringiu os deslocamentos dos jornalistas dentro do Pentágono, impondo que fossem escoltados fora de um número limitado de zonas.Em abril, Pete Hegseth, o ministro da Defesa, antigo apresentador da Fox News, esteve envolvido numa falha de confidencialidade de planos militares, quando um jornalista foi adicionado por engano a um grupo do qual era membro na aplicação de mensagens Signal.Estas novas medidas fazem parte de uma ofensiva mais ampla, conduzida desde o regresso ao poder de Donald Trump, restringindo o acesso dos jornalistas ao Pentágono.Nos meses anteriores, o Departamento de Defesa - recentemente renomeado pelo governo Trump como Departamento de Guerra - acabou com gabinetes dedicados aos órgãos de comunicação social no Pentágono, expulsando, assim, alguns meios, incluindo o New York Times, o Washington Post e a CNN.As conferências de imprensa foram drasticamente reduzidas: realizaram-se menos de seis, desde o início do ano, em comparação com pelo menos duas por semana em média sob a presidência do democrata Joe Biden.O departamento também restringiu os deslocamentos dos jornalistas dentro do Pentágono, impondo que fossem escoltados fora de um número limitado de zonas.Em abril, Pete Hegseth, o ministro da Defesa, antigo apresentador da Fox News, esteve envolvido numa falha de confidencialidade de planos militares, quando um jornalista foi adicionado por engano a um grupo do qual era membro na aplicação de mensagens Signal.