Israel faz grande operação militar no norte da Cisjordânia
EPA/ALAA BADARNEH (Arquivo)

Israel faz grande operação militar no norte da Cisjordânia

Incursão faz parte de uma "ampla operação antiterrorista", diz Israel. Já o grupo islamista Hamas condenou a ação militar e classificou-a como uma "agressão criminosa".
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Israel está a fazer uma operação militar em grande escala desde a madrugada desta quarta-feira, 26 de novembro, no norte da Cisjordânia ocupada, nomeadamente nas cidades de Tubas, Tamun e Aqaba, segundo a agência de notícias palestiniana Wafa.

"As tropas invadiram várias casas, reviraram os pertences dos habitantes e vandalizaram as instalações. Também mobilizaram reforços militares significativos na região. Os tratores da ocupação [Israel] bloquearam várias estradas principais e secundárias em Tubas, Aqaba e Tamun com montes de terra", informou a agência de notícias palestiniana.

Em comunicado, o Exército israelita, juntamente com o Shin Bet (serviço de informações interno) e a Polícia de Fronteiras, anunciou que a incursão fazia parte de uma "ampla operação antiterrorista", afirmando que iria agir "de forma proativa para impedir que o terrorismo se instalasse" na região.

Nos postos de controlo de Tayasir e Hamra, segundo a agência Wafa, as restrições foram reforçadas, provocando grandes congestionamentos. Além disso, os helicópteros israelitas estavam a disparar intermitentemente, mas até ao momento não há registo de feridos neste contexto.

Em Tamun, um jovem ficou ferido depois de ter sido espancado por soldados israelitas e foi levado para um hospital próximo, informou o Crescente Vermelho Palestiniano.

O Crescente Vermelho informou ainda que prestou assistência a um homem de 50 anos brutalmente espancado em Tubas, que também foi levado para o hospital.

A Direção de Educação de Tubas ordenou o encerramento de todas as escolas e jardins-de-infância, enquanto o governador da região, Ahmad al-Assad, suspendeu as atividades em instituições públicas e privadas, alertando que a operação poderia durar vários dias, segundo a Wafa. O comité de emergência foi acionado para monitorar a situação.

O primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Mustafa, telefonou ao governador para se informar sobre os acontecimentos, segundo um comunicado do seu gabinete.

Mustafa transmitiu saudações do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, e ordenou às instituições governamentais e aos comités de emergência que mobilizassem os seus recursos para auxiliar a população e garantir a continuidade dos serviços.

O grupo islamista Hamas condenou a operação, classificando-a como uma "agressão criminosa" e parte de uma política que, segundo o movimento, visa "esmagar qualquer presença palestiniana" e fragmentar o território.

O Hamas instou ainda a comunidade internacional a intervir para impedir o que descreveu como violações do direito internacional. Mais de mil palestinianos morreram na Cisjordânia — incluindo um número indeterminado de militantes — desde 7 de outubro de 2023, quando teve início a guerra em Gaza.

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