Pelo menos cinco palestinianos morreram e 18 ficaram feridos esta quinta-feira, 20 de novembro, na sequência de ataques israelitas na Faixa de Gaza, com Israel e o Hamas a continuarem a acusarem-se mutuamente de violar o cessar-fogo que entrou em vigor há um mês. Estas mortes elevam para 30 o número de vítimas mortais no enclave em pouco mais de 24 horas. A Defesa Civil de Gaza relatou que três pessoas morreram, incluindo uma bebé, e 15 ficaram feridas após um bombardeamento israelita a uma casa na zona de Bani Suhaila, a leste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, durante a madrugada de ontem. Num outro ataque, na cidade vizinha de Abassan, um homem perdeu a vida e três ficaram feridos. Mais tarde, funcionários do Hospital Nasser disseram à Reuters que um quinto palestiniano foi morto por disparos israelitas também em Abassan.De acordo com o Times of Israel, o exército confirmou ter realizado ontem ataques contra infraestruturas do Hamas em Khan Younis, no lado leste da Linha Amarela, território controlado pelas Forças de Defesa de Israel sob o cessar-fogo, mas disseram desconhecer quaisquer vítimas.Na quarta-feira, Israel admitiu ter atacado alvos por toda a Faixa de Gaza, alegando ser uma resposta a membros do Hamas terem aberto fogo contra as suas tropas. As autoridades do enclave informaram que pelo menos 25 pessoas foram mortas, o número mais elevado desde 29 de outubro, também já depois da entrada em vigor do cessar-fogo.Num comunicado divulgado esta quinta-feira, o Hamas, através do seu porta-voz Hazem Qassem, afirmou que Telavive está a alterar as demarcações que definem as áreas ainda ocupadas, violando os mapas acordados, que mantêm o controlo israelita sobre mais de 50% do enclave. No dia anterior, o grupo palestiniano já havia classificado estes mais recentes ataques como uma escalada perigosa, apelando a intervenção dos mediadores árabes, Turquia e Estados Unidos.A diplomacia da Arábia Saudita expressou esta quinta-feira a sua “condenação e denúncia” por aquilo que chamou de “contínuas e flagrantes violações da ocupação israelita na região, mais recentemente o ataque agressivo à Faixa de Gaza e a Khan Yunis”. Riade criticou também “a violação da soberania do território da República Árabe da Síria por meio da transgressão deliberada do primeiro-ministro da ocupação israelita e de vários funcionários do seu governo na região fronteiriça no sul da Síria”. Na terça-feira, Israel atingiu com dois mísseis o maior campo de refugiados palestinianos no Líbano, matando pelo menos 13 pessoas, e, no dia seguinte, pelo menos uma pessoa morreu e 11 ficaram feridas, incluindo crianças, que viajavam num autocarro escolar, num ataque de drone israelita a uma estrada na cidade de At Tiri, no sul do Líbano..Israel vai “agir com toda a força contra tumultos” na Cisjordânia