O grupo islamita Hamas afirmou esta quarta-feira, 3 de setembro, que intensificou os contactos com países da região para tentar "interromper a guerra de extermínio" de Israel na Faixa de Gaza, alertando que a situação na Cisjordânia "não é menos catastrófica".O porta-voz do movimento palestiniano, Taher al-Nunu, afirmou que "a liderança do Hamas intensificou os seus contactos políticos com os líderes e autoridades da região como parte de um amplo esforço diplomático no âmbito regional e internacional para travar a guerra de extermínio lançada pela ocupação [Israel] e aumentar a ajuda humanitária à Faixa de Gaza"."O Hamas está a discutir formas de enfrentar os crimes da ocupação com vários países, enquanto o Governo de extrema-direita [israelita] se recusa a aceitar a proposta de cessar-fogo que lhe foi apresentada há duas semanas no Cairo pelos mediadores", afirmou Al-Nunu, segundo o jornal palestiniano Filastin.O Qatar - que é um dos países mediadores entre Israel e o Hamas - declarou na terça-feira que Israel não respondeu ainda à mais recente proposta em agenda, que já foi aceite pelo Hamas, ao mesmo tempo que intensifica a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza.Al-Nunu enfatizou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "tem planos contra todo o projeto nacional palestiniano" e "procura liquidar a causa palestiniana"."Alertamos para a gravidade do que está a acontecer na Cisjordânia, que não é menos catastrófico do que está a acontecer em Gaza", disse o porta-voz, em resposta às ameaças de anexação da Cisjordânia feita por altos responsáveis israelitas.A ofensiva israelita foi desencadeada após os ataques do Hamas ao território israelita em 07 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.Desde então, os ataques israelitas já mataram mais de 63.600 palestinianos e fizeram mais de 160.000 feridos, de acordo com as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, quando aumentam as críticas internacionais às ações militares israelitas no enclave e à fome em Gaza provocada pelas severas restrições à entrega de ajuda humanitária..Manifestantes incendeiam carros perto da casa de primeiro-ministro israelita (com vídeo).Centenas de reservistas recusam “participar em guerra ilegal de Netanyahu".Flotilha para Gaza segue viagem mas sem cinco dos barcos mais pequenos