Guiné-Bissau. Ilídio Vieira Té nomeado primeiro-ministro e ministro das Finanças

Guiné-Bissau. Ilídio Vieira Té nomeado primeiro-ministro e ministro das Finanças

Homem de confiança do ex-Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló, deposto no dia 26 por um golpe militar, Vieira Té foi ministro e diretor de campanha presidencial de Embaló
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O Presidente de transição na Guiné-Bissau, general Horta Inta-A, nomeou esta sexta-feira (28 de novembro) Ilídio Vieira Té, antigo ministro do Presidente deposto Embaló, primeiro-ministro e ministro das Finanças, anunciou a presidência guineense, através de um decreto.

Ilídio Vieira Té, de 42 anos, é licenciado em Direito Público em Marrocos e mestre em Direitos Humanos Interculturais e Desenvolvimento, por uma universidade de Espanha, e foi nomeado ministro das Finanças em 2022.

Homem de confiança do ex-Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló, deposto no dia 26 por um golpe militar, Vieira Té foi diretor de campanha presidencial de Embaló, que tentou a sua reeleição para um segundo mandato de cinco anos.

O processo eleitoral em causa foi suspenso por um Comando Militar que assumiu o poder na Guiné-Bissau, com um golpe de Estado.

Ilídio Vieira vai substituir no cargo Braima Camará, que foi investido primeiro-ministro por Sissoco Embaló em 07 de agosto de 2025.

O general Horta Inta-A foi empossado Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder no país, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

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Presidente deposto da Guiné-Bissau retirado para o Senegal

Os militares anunciaram a destituição do Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a presença do principal partido da oposição, Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Simões Pereira foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.

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