O ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky.
O ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky. FOTO: François Lenoir / União Europeia

Governo checo acusa China de ciberataque

Campanha contra a rede de comunicações do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Checa foi condenada pela Comissão Europeia e pela NATO.
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O governo da República Checa acusou, esta quarta-feira, a China de ser responsável por uma “campanha cibernética maliciosa” que tinha como alvo uma rede para comunicações não-confidenciais usada no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O líder da diplomacia checa, Jan Lipavsky, explicou que, depois de o ataque ter sido detetado, o ministério implementou um novo sistema de comunicações com segurança reforçada. “Convoquei o embaixador chinês para deixar claro que tais ações hostis têm consequências graves para as nossas relações bilaterais”, disse o ministro na rede social X.

De acordo com informações avançadas pelo governo checo, estes ataques têm sido levados a cabo nos últimos três anos pelo agente de espionagem cibernética APT31, publicamente associado ao Ministério da Segurança do Estado da China.

Este ataque mereceu a condenação de Bruxelas, através da líder da diplomacia europeia, que referiu que, “nos últimos anos, têm aumentado as atividades cibernéticas maliciosas ligadas a este país [China] e que têm como alvo a UE e os seus Estados-membros”. Kaja Kallas lembrou ainda que “já expressámos as nossas preocupações, repetidamente, durante os compromissos bilaterais e continuaremos a fazê-lo no futuro.”

Também a NATO mostrou a sua solidariedade com Praga, condenando o ataque e dizendo ainda observar, “com crescente preocupação, o padrão crescente de atividades cibernéticas maliciosas com origem na República Popular da China”.

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