Um grupo de familiares de reféns ainda detidos em Gaza convocou uma greve geral em Israel para o próximo domingo, 17 de agosto, para protestar contra a ofensiva israelita e o plano do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de tomar a cidade de Gaza.Numa conferência de imprensa realizada este domingo, 10 de agosto, em Telavive, noticiada pela imprensa israelita, familiares condenaram o plano aprovado na sexta-feira pelo gabinete de segurança israelita e que inclui a expansão da ofensiva e a tomada da cidade de Gaza (que abriga quase um milhão de pessoas), defendendo que resultará na morte dos 20 reféns ainda vivos."No próximo domingo, pararemos e diremos: 'Chega, parem a guerra, devolvam os reféns'. Está nas nossas mãos", disse Reut Recht-Edri, cujo filho Ido Edri foi morto pelo Hamas no festival de música Nova, segundo o jornal Times of Israel.O líder da oposição israelita Yair Lapid apoiou a proposta numa mensagem na sua conta na X, afirmando que "o apelo das famílias dos reféns para o encerramento da economia é justificado e apropriado".Além disso, o líder de esquerda Yair Golan anunciou que o seu partido, o Partido Democrata, também se juntará à greve convocada pelas famílias."Apelo a todos os cidadãos de Israel, a todos aqueles que valorizam a vida e a garantia mútua, para que se juntem a nós e tomem as ruas para lutar", escreveu Golan na sua conta nas redes sociais.Golan acrescentou: "Não devemos continuar com a nossa vida quotidiana sem prestar atenção aos nossos irmãos e irmãs em Gaza. Não podemos permanecer em silêncio diante desta realidade".De acordo com o Canal 12 israelita, uma reunião está marcada para esta segunda-feira entre as famílias dos reféns e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores para solicitar o apoio do sindicato à greve.Entretanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deverá dar uma conferência de imprensa hoje às 16:30 locais (14:30 em Lisboa) em Jerusalém, em pleno debate em Israel sobre a continuação da guerra em Gaza, noticiou a AFP, que cita uma fonte oficial.Netanyahu falará à imprensa internacional, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, dois dias após o anúncio de um novo plano militar que prevê a tomada da Cidade de Gaza pelo Exército para libertar todos os reféns israelitas e "derrotar" o Hamas no território palestiniano devastado por 22 meses de guerra..Ministro israelita da Segurança Nacional diz ter sido responsável pelo plano de "conquista" de Gaza ."É uma escalada perigosa." Cerca de 20 países árabes e muçulmanos condenam plano israelita para Gaza.“Ser contra extermínio que Israel está a fazer não significa ser pró-Hamas. A Amnistia é pró-direitos humanos”