Keith Kellogg, enviado especial dos Estados Unidos para a questão da guerra entre Ucrânia e Rússia disse este sábado que a Europa vai ficar fora da mesa das negociações de paz, mas os seus interesses serão considerados.Kellog disse ser "da escola do realismo" para afirmar que a Europa não vai participar diretamente nas conversações para pôr um fim à guerra na Ucrânia. "Isso não vai acontecer", sublinhou Kellogg, citado pelo The Guardian.“Pode ser como o barulho do giz em quadro negro, pode irritar um pouco, mas estou a dizer-vos algo que é realmente muito honesto”, vincou o enviado do presidente norte-americano, Donald Trump, num evento à margem da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.“E aos meus amigos europeus, eu diria: entrem no debate, não se queixando sobre se podem ou não estar à mesa, mas apresentando propostas concretas, ideias, aumentando a despesa [com a defesa]”, defendeu o enviado norte-americano. .Guerra na Ucrânia. Costa deixa aviso a Trump e considera "inaceitáveis" concessões antes de negociações da paz. A Europa estará fisicamente fora da mesa das negociações, mas será consultada, afirmou Kellogg, referindo que os interesses da região serão tidos em conta. “O que não queremos é entrar numa discussão com um grande grupo”, disse o representante de Trump, citado pela CNBC.Também este sábado, Kellogg revelou que um plano de paz poderá ser apresentado dentro de dias ou semanas. "Precisam de nos dar um pouco de espaço e tempo para respirar, mas quando digo isto não estou a falar de seis meses, estou a falar de dias e semanas”, afirmou. O chefe da diplomacia da Polónia, Radosław Sikorski, fez saber, entretanto, que o presidente francês, Emmanuel Macron, convidou os líderes europeus a estarem em Paris esta segunda-feira para discutir os últimos desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia.Depois da Conferência de Segurança de Munique, o enviado norte-americano vai estar, na segunda e terça-feira, em Bruxelas. Keith Kellogg será recebido na segunda-feira pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e no dia seguinte pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa. .Zelensky diz a Vance que quer "garantias de segurança" antes de negociações de paz