Enfermeira acusa empresa áerea após ser expulsa de voo por causa de tumores na pele
"Humilhada e envergonhada." É esse o sentimento da enfermeira Brianna Solaris, que ao canal de televisão norte-americano KCRA revelou ter sido vítima de discriminação quando tentava viajar de volta para casa depois de passar por uma cirurgia. "Já é difícil demais conviver com essa condição, por ter tumores visíveis na cara, nos braços, e as pessoas comentarem", lamenta.
Brianna sofre de neurofibromatose, uma doença genética que causa tumores de diversos tamanhos, pelo corpo. A enfermeira viajou para Los Angeles para fazer uma cirurgia para reduzir as lesões, na quarta-feira. Já estava dentro do avião, à espera de descolagem para voltar para Roseville, onde vive, quando foi chamada por um dos comissários de bordo.
"Ele disse que havia alguma preocupação na equipa e perguntou se eu tinha alguma doença. Respondi que não, que havia feito uma cirurgia. Então ele começou a falar ao telefone", conta a enfermeira.
A chamada era com o médico da empresa aérea Southwest Airlines, que obrigou a equipa de bordo a retirar Brianna do voo. Ela ainda diz que pediu para falar com o responsável pelo telefone, que terá recusado.
A enfermeira teve que contatar o seu cirurgião para obter um atestado sobre como estava habilitada a viajar. O documento foi apresentado no balcão da companhia, que encaixou Brianna em outro voo no mesmo dia.
Procurada pelo canal KCRA, a empresa aérea informou que estava a investigar o incidente e que vai ouvir os funcionários e clientes envolvidos para esclarecer a situação.
Brianna recebeu um voucher de 500 dólares para viagens na Southwest Airlines e outro de 45 dólares para refeições. A enfermeira vai processar a empresa.
"Foi claramente discriminação. Violaram a minha privacidade médica. Eles não tinham de saber, eu disse que fui submetida a uma cirurgia e isso deveria ter bastado", afirma a mulher, que diz que nunca mais vai viajar com aquela empresa.