O Egito vai organizar uma "cimeira árabe de emergência" em 27 de fevereiro, para debater "os últimos desenvolvimentos graves" na questão palestiniana com o plano norte-americano para controlar Gaza, anunciou hoje o governo egípcio.A cimeira ocorre numa altura em que o Cairo reuniu apoio regional contra o plano do presidente Donald Trump de transferir os habitantes de Gaza para o Egito e Jordânia, e colocar o território palestiniano sob controlo dos Estados Unidos.O anúncio da cimeira coincidiu com a partida do ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Badr Abdelatty, para Washington, onde deverá encontrar-se com altos funcionários da administração Trump e membros do Congresso.O objetivo da visita é "reforçar as relações bilaterais e a parceria estratégica entre o Egito e os Estados Unidos" e realizar "consultas sobre a situação regional", segundo o ministério, citado pela agência francesa AFP. ."Monstros" e "assassinatos a conta gotas". Acusações entre Hamas e Israel ameaçam segunda fase do cessar-fogo.Mundo está contra a ideia de Trump para criar a “Riviera do Médio Oriente” na Faixa de Gaza. Trump lançou na semana passada a ideia de os Estados Unidos reconstruírem a Faixa de Gaza, devastada por 15 meses de bombardeamentos israelitas, e fazerem do território uma "Riviera do Médio Oriente".O plano, aplaudido perlo Governo de Israel, implicaria a deslocação dos mais de dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza para o Egito e a Jordânia.A proposta de Trump suscitou um coro de protestos em todo o mundo, particularmente dos países árabes, que insistiram na necessidade de uma solução de dois Estados, israelita e palestiniano, para resolver o conflito israelo-palestiniano.A diplomacia egípcia disse que a cimeira foi convocada a pedido dos palestinianos após consultas "ao mais alto nível com os países árabes nos últimos dias".Os contactos foram estabelecidos em particular com o Bahrein, que detém atualmente a presidência da Liga Árabe, acrescentou o ministério.O chefe da diplomacia egípcia tinha mantido conversações na sexta-feira com os parceiros da Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos para adotar uma posição unida, rejeitando qualquer deslocação forçada de palestinianos.A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do grupo extremista palestiniano em solo israelita em 07 de outubro de 2023.O conflito foi interrompido por um acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro, que prevê a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.