Dezenas de manifestantes invadiram na terça-feira, 11 de novembro, a área restrita da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP30) que se realiza na cidade amazónica brasileira de Belém.Os participantes ultrapassaram as cancelas de segurança e entraram já de noite no átrio da grande tenda administrada pela ONU, onde decorrem as negociações climáticas.O episódio provocou uma cena de caos, testemunhada pela Lusa, na medida em que vários membros das delegações preparavam-se para deixar o recinto.Poucos minutos depois, a equipa de segurança da ONU expulsou os manifestantes da área.O conflito acabou por ser sanado e os manifestantes abandonaram o local por volta das 19:30 (20:30 em Lisboa).“A crise climática é uma crise de saúde!”, gritavam os participantes na marcha, entre os quais havia profissionais de saúde e indígenas amazónicos, de acordo com a agência Efe.Em poucas regiões se sente tanto o impacto das alterações climáticas na saúde como na Amazónia, onde se situa Belém e que, em 2024, foi atingida por uma seca histórica, agravada por múltiplos incêndios.“Vivi décadas em Belém e nunca tive dengue; agora toda a gente apanha… tornou-se uma doença urbana”, afirmou à Efe a manifestante Lena Peres, uma infetologista de 63 anos que trabalha para o Ministério da Saúde do Brasil.Por outro lado, a Folha de São Paulo, indicou que vários manifestantes gritavam que era necessário "taxar os bilionários", e que entoaram cânticos contra a exploração de petróleo na perto da Foz do Amazonas."Governo Lula, que papelão, destrói o clima com essa perfuração", diziam, segundo este jornal brasileiro.A COP30 decorre na cidade brasileira amazónica de Belém, no Brasil, até 21 de novembro. .COP30: ONU lança plano de arrefecimento sustentável que pode reduzir emissões em 64%.COP30: “É preciso deixar as grandes declarações e passar a ações”