A ONU lançou esta terça-feira, 11 de novembro, na cimeira mundial do clima no Brasil, um plano de arrefecimento sustentável para combater o calor extremo que poderá reduzir em 64% as emissões de gases poluentes até 2050.Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, autor do plano, a procura por arrefecimento pode triplicar nos próximos 25 anos devido ao aumento da população, a ondas de calor extremas mais frequentes e ao aumento de famílias de baixos rendimentos.O programa propõe uma "rota de arrefecimento sustentável" que ajude a refrigerar os espaços sem agravar a crise climática..COP30: Governo quer "garantir que a transição climática não deixa ninguém para trás". Soluções energeticamente eficientes e baseadas na natureza, como telhados e espaços verdes, e tecnologias de baixo consumo, através de ventiladores e sistemas híbridos de ar condicionado, poderão ajudar nesta tarefa, reduzindo as emissões poluentes em 64%, evitando até 37 mil milhões de euros em custos de energia e infraestruturas e melhorando o acesso ao arrefecimento para três mil milhões de pessoas, de acordo com a ONU.O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente salienta que apenas 54 países têm políticas abrangentes sobre refrigeração sustentável.As maiores lacunas encontram-se em África e na região Ásia-Pacífico, onde se prevê o maior crescimento da procura de arrefecimento..COP30: “É preciso deixar as grandes declarações e passar a ações”. Segundo as Nações Unidas, as ondas de calor são os eventos climáticos mais mortíferos, causando centenas de milhares de mortes todos os anos, especialmente em áreas urbanas onde o efeito de "ilha de calor" pode elevar as temperaturas em 5 a 10 graus.O fenómeno é provocado, entre outros fatores, pela falta de vegetação, substituída por superfícies que absorvem e retêm o calor, como o asfalto e o betão, pela falta de sombra e pela libertação do calor produzido pelos veículos e pelo ar condicionado.A cimeira mundial do clima (COP30) decorre em Belém, no Brasil, até 21 de novembro..COP30. Lula pede para “levar a sério alertas da ciência” e envia recado a Trump