O conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, foi demitido do cargo, revelou esta terça-feira, 21 de outubro, o próprio, após ter sido informado da decisão pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu."O primeiro-ministro Netanyahu informou-me hoje sobre a sua intenção de nomear um novo chefe do Conselho de Segurança Nacional", declarou Hanegbi em comunicado, indicando que o seu mandato, que se prolongava desde o início de 2023, termina esta terça-feira.Na mesma nota, o conselheiro cessante assume a sua parte de responsabilidade no “terrível fracasso de 7 de outubro”, referindo-se aos massacres conduzidos em 2023 pelo grupo islamita palestiniano Hamas no sul de Israel, que desencadearam a guerra nos últimos dois anos na Faixa de Gaza.Hanegbi defendeu que o ataque das milícias palestinianas “deve ser investigado minuciosamente para garantir que as lições necessárias são aprendidas” e para ajudar “a restaurar a confiança abalada”..Israel identifica restos mortais de refém entregue na segunda-feira. Dois anos após o ataque sem precedentes do Hamas a Israel, o líder do Governo israelita ainda não estabeleceu uma comissão nacional de inquérito sobre as causas da falha de segurança naquele dia de 2023, enquanto a oposição o acusa de fazer todos os possíveis para impedir que seja criada, com o objetivo de se preservar no poder.O conselheiro cessante acrescentou no comunicado que agradeceu ao chefe do executivo “pelo privilégio de ser um parceiro na formulação da política externa e de segurança de Israel durante anos desafiantes”.Disse também sentir-se grato a Netanyahu pela “oportunidade de expressar uma posição independente em discussões delicadas e pelo discurso profissional” de ambos, mesmo em “momentos de desacordo”.Segundo a imprensa israelita, Netanyahu nomeou para o cargo o atual vice-chefe do Conselho de Segurança Nacional, Gil Reich, com efeitos imediatos..Israel demarca linha amarela na Faixa de Gaza antes da chegada de JD Vance. O jornal The Times of Israel apresenta Tzachi Hanegbi como um membro veterano do Likud (partido de Netanyahu) e que foi ministro em diversas ocasiões, mas também como um opositor do plano de Netanyahu de invadir a Cidade de Gaza durante o último verão, bem como do ataque israelita contra a delegação negocial do Hamas no Qatar, em setembro passado.O gabinete do primeiro-ministro divulgou um comunicado agradecendo a Hanegbi pelos seus serviços nos últimos três anos e desejando-lhe "muito sucesso na sua carreira futura".Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro demitiu também o ministro da Defesa Yoav Gallant e o chefe do Shin Bet (Segurança Interna) Ronen Bar, entre profundas divergências e controvérsia.No seu comunicado reproduzido na imprensa israelita, Tzachi Hanegbi avisa que a guerra na Faixa de Gaza “ainda não terminou” e que, apesar do cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro, os militares israelitas permanecem em várias frentes e ainda falta recuperar uma parte dos reféns mortos no enclave palestiniano..J.D. Vance descarta tropas dos EUA na Faixa de Gaza e rejeita fazer ultimato ao Hamas para se desmilitarizar. “Também não foi cumprida a obrigação — por meios diplomáticos ou militares — de garantir que as organizações terroristas na Faixa de Gaza são retiradas do poder, desarmadas e que Gaza já não representa uma ameaça para Israel”, alertou o político israelita, que deixou um apelo para a unidade no país, “essencial para garantir a eternidade de Israel”.A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 68 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.