Chefes da diplomacia da UE aprovam mais 5.000 ME em apoio militar

Chefes da diplomacia da UE aprovam mais 5.000 ME em apoio militar

Os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros deram aprovaram o reforço do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz em cinco mil milhões de euros, a preços correntes, reservando esta verba para a Ucrânia.
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 Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) reforçaram esta segunda-feira o apoio militar à Ucrânia para este ano com cinco mil milhões de euros, anunciou o ministro português da tutela, admitindo que esta ajuda "não será a última".

"Os cinco mil milhões estão aprovados e houve alguma discussão sobre como é que isso pode ter impacto a curto prazo também no nosso apoio conjunto para a Ucrânia. É um passo muito positivo, mas infelizmente, atendendo às perspetivas atuais, não será o último apoio através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz [MEAP]", anunciou o ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Falando à imprensa portuguesa em Bruxelas à margem de uma reunião dos chefes da diplomacia da UE, o responsável português pela tutela defendeu suporte contínuo a Kiev.

"Para apoiarmos a Ucrânia, aquilo que temos de fazer é reforçar o apoio militar concreto, nomeadamente apoiando em munições e, por isso, Portugal tomou na semana passada a decisão de avançar com mais 100 milhões de euros para uma aquisição conjunta com a República Checa de munições", adiantou João Gomes Cravinho.

Na reunião de hoje em Bruxelas, os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros deram aprovaram o reforço do MEAP em cinco mil milhões de euros, a preços correntes, reservando esta verba para a Ucrânia no âmbito de um novo fundo que visa assegurar que o país tem assistência militar para se continuar a defender da invasão russa. 

Denominado Fundo de Assistência à Ucrânia (FAU), o novo instrumento visa "maximizar o valor acrescentado da UE em termos de prestação de mais e melhor apoio operacional à Ucrânia, complementando os esforços bilaterais dos Estados-membros da UE e centrando-se no aumento dos contratos públicos conjuntos das indústrias de defesa europeia e norueguesa", refere o Conselho da União em comunicado de imprensa.

As verbas em causa estavam bloqueadas no Conselho e destinam-se a assegurar que os países continuam a fornecer à Ucrânia as munições de que as forças armadas ucranianas necessitam, numa lógica de reembolso das doações dos Estados-membros (ou seja, das existências, das compras unilaterais e conjuntas de equipamento disponível no mercado e das aquisições unilaterais).

Na sequência da decisão de hoje, o limite máximo financeiro do MEAP totalizará mais de 17 mil milhões de euros para o período de 2021-2027.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

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