No domingo, Bolsonaro tinha saído brevemente da residência onde cumpre prisão domiciliária para realizar uma biópsia cutânea.
No domingo, Bolsonaro tinha saído brevemente da residência onde cumpre prisão domiciliária para realizar uma biópsia cutânea.ANDRE BORGES/EPA

Diagnosticado com tipo inicial de cancro de pele, Bolsonaro recebe alta e volta para prisão domiciliária

Novo boletim médico indica que “apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa”.
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O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro recebeu esta quarta-feira (17 de setembro) alta hospitalar após passar a noite internado e regressou à sua residência, onde se encontra em prisão domiciliária por incumprimento de medidas cautelares.

Jair Bolsonaro foi internado de urgência na terça-feira “devido a quadro de vómitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-síncope”, lê-se no boletim médico divulgado pela imprensa local.

Esta quarta-feira, a unidade de saúde em Brasília, onde se encontra, declarou que Jair Bolsonaro tem um problema renal e que iria permanecer hospitalizado. O novo boletim médico indica que “apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa”.

O hospital reforçou, contudo, que “o laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo mostrou a presença de carcinoma de células escamosas 'in situ', em duas das oito lesões removidas”.

"Os exames mostraram que duas das lesões eram um tipo inicial de cancro de pele", disse o médico de Bolsonaro, Claudio Birolini, aos jornalistas.

Por essa razão, necessitará “de acompanhamento clínico e reavaliação periódica”.

Esta foi a segunda vez em menos de uma semana, que o ex-Presidente, de 70 anos, se deslocou ao mesmo centro médico, depois de, no domingo passado, ter sido submetido a um procedimento médico para remover cirurgicamente oito lesões cutâneas.

A saída tinha sido autorizada previamente pelo juiz Alexandre de Moraes, relator dos processos de Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliária.

O ex-Presidente brasileiro tem enfrentado nos últimos anos vários problemas no aparelho digestivo, resultantes das sequelas da facada que sofreu num comício durante a campanha presidencial de 2018.

Em abril, foi submetido a uma longa operação para tratar uma obstrução intestinal, que o manteve internado durante três semanas.

Na quinta-feira, Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão, depois de a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal ter formado maioria para condenar o ex-Presidente por tentativa violenta de abolição do Estado de Direito Democrático, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

Bolsonaro foi ainda considerado culpado de liderar a organização julgada criminosa.

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