O ativista bielorrusso Ales Bialiatski foi premiado com o Nobel da Paz em 2022.
O ativista bielorrusso Ales Bialiatski foi premiado com o Nobel da Paz em 2022.FOTO: CIVIL RIGHTS DEFENDERS

Bielorrússia liberta 123 prisioneiros, entre os quais o Nobel da Paz de 2022

A libertação de Ales Bialiatski e de outros ativistas resulta da promessa do levantamento de sanções norte-americanas.
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Os ativistas bielorrussos Ales Bialiatski, Nobel da Paz 2022, e Maria Kolesnikova foram libertados da prisão, anunciaram organizações de direitos humanos, após o presidente Alexander Lukashenko ter autorizado a libertação de 123 prisioneiros, em troca do levantamento de sanções norte-americanas.

A libertação dos detidos foi avançada pela agência estatal Belta, uma informação já confirmada pela oposição e por grupos de defesa dos direitos humanos, como a organização não-governamental (ONG) Viasna.

Pouco antes de ser conhecida a decisão de Lukashenko, os Estados Unidos anunciaram que vão levantar algumas sanções comerciais contra a Bielorrússia, nomeadamente ao setor do potássio, no mais recente sinal de alívio das relações entre Washington e a isolada autocracia.

Lukashenko perdoou "123 cidadãos de diferentes países" após estas discussões com os Estados Unidos, anunciou a conta Poul Pervogo, afiliada à presidência bielorrussa, na plataforma Telegram, sem fornecer os nomes dos libertados.

O enviado especial dos EUA para a Bielorrússia, John Coale reuniu-se na sexta-feira e este sábado, 13 de dezembro, com o líder autoritário do país, Alexander Lukashenko, para conversações na capital bielorrussa, Minsk.

Aliada próxima da Rússia, a Bielorrússia enfrenta há anos isolamento e sanções ocidentais.

Lukashenko governa a nação de 9,5 milhões de habitantes com mão de ferro há mais de três décadas, e o país tem sido repetidamente sancionado por países ocidentais, tanto pela sua repressão aos direitos humanos como por permitir que Moscovo utilizasse o seu território na invasão da Ucrânia em 2022.

A Bielorrússia, que procura melhorar as relações com Washington, libertou centenas de prisioneiros desde julho de 2024.

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