Ativistas posam nus e usam sangue falso para protestar contra indústria de peles em Barcelona
Cerca de 50 pessoas juntaram-se na Praça da Catalunha, em Barcelona, na manhã deste domingo para protestar contra a indústria de peles de animais. O protesto, organizado pela associação AnimaNaturalis, chamou atenção pela forma como os manifestantes se apresentaram: nus e com sangue falso nos corpos, formando uma pilha de cadáveres numa das zonas mais emblemáticas da cidade espanhola.
"Por trás de cada casaco há uma história de dor, de vidas confinadas e mortes cruéis. Esta indústria não tem espaço numa sociedade ética", declarou Aïda Gascón, diretora da AnimaNaturalis em Espanha, durante o protesto. Além de expor a brutalidade da indústria de peles, a organização também fez um apelo à União Europeia e ao governo espanhol para proibirem definitivamente essas práticas.
Os fundadores do santuário de animais "Cau del Bosc", Gabriel Fernández e Èric Martínez, também participaram da manifestação, representando os animais vítimas da indústria de peles. "No santuário, vivem resgatados vários animais que teriam sido transformados em pedaços de pele para adornar a vaidade de alguns. Não poderíamos faltar a este compromisso", afirmaram.
A manifestação impactou o público que circulava pela praça e os meios de comunicação social locais e foi marcada tendo em vista o contexto político atual da industria.
Em 2026, a Comissão Europeia vai avaliar uma nova regulamentação sobre bem-estar animal, e organizações como a AnimaNaturalis exigem que essa legislação inclua a proibição total das fazendas de peles.
"A Espanha não pode ficar para trás", acrescentou Gascón. "Enquanto outros países avançam em direção à compaixão e à sustentabilidade, aqui continuamos a permitir um modelo de exploração inaceitável. É hora de fechar essas fábricas de sofrimento", apelou a ativista.