Na semana passada, um surto de covid-19 levou ao isolamento dos atletas infetados na Academia e obrigou o restante plantel a um estágio no Algarve na tentativa de parar o contágio. Mas com o aparecimento de mais dois infetados, a Liga e a Administração Regional de Saúde do Norte e a ARS de Lisboa e Vale do Tejo decidiram adiar o jogo com o Gil Vicente (tem 19 infetados), da primeira jornada da I Liga 2020-21, previsto para sábado passado.
A equipa manteve-se no Algarve a treinar sob as orientações de Rúben Amorim. O técnico acompanhou os treinos à distância através das plataformas digitais, transmitindo depois orientações a Emanuel Ferro, que vai comandar a formação nos próximos jogos. A equipa voltou ontem ao final da tarde a Lisboa, sendo encaminhada para um hotel, onde ficará até fazer nova viagem para o norte do país, para jogar com o Paços de Ferreira, na 2.ª jornada do campeonato, no próximo fim de semana.
Além do Sporting, também o Gil Vicente, adversário dos leões na primeira jornada da I Liga, registou casos de infeção pelo novo coronavírus (18, no total), assim como o Benfica (um), o Moreirense (um) e o Vitória de Guimarães (um). E pode não ficar por aqui. A cumprir quarentena, depois de ter acusado positivo para o novo coronavírus, o médico João Pedro Araújo, considera que é "muito difícil" os clubes cumprirem a época 2020-21 sem casos de covid-19. "No Sporting, já testámos duas vezes por semana e, depois, uma vez por semana. Mesmo com medidas de segurança, como lavagem das mãos e uso de máscara, tivemos jogadores infetados. É muito difícil ter uma época inteira livre de covid-19", disse o médico, durante um painel dedicado ao futebol no Soccerex, lembrando, no entanto, que as equipas podem "reduzir o risco de contágio", sem nunca o eliminar.