Exclusivo Tancos. Procuradora alvo de inquérito-crime por interceder contra o MP
A magistrada Cândida Vilar terá sido apanhada numa escuta a sugerir ao major Brazão que não desse informações ao DCIAP nem à PJ.

A magistrada Cândida Vilar, de 62 anos, esteve à frente do Combate ao Crime Especialmente Violento do DIAP de Lisboa. Foi ela quem acusou os 19 militares pela morte de Hugo Abreu e de Dylan da Silva.
© Sara Matos / Global Imagens
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito-crime contra a procuradora Cândida Vilar, "que teve origem numa certidão extraída do processo de Tancos". Segundo o DN apurou, vão ser averiguadas suspeitas de a magistrada ter intercedido no caso de Tancos, no qual não tinha nenhuma responsabilidade. Terá aconselhado um oficial da Polícia Judiciária Militar (PJM), o major Vasco Brazão, a não fornecer informação ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e à Polícia Judiciária (PJ) no processo, prejudicando assim a investigação ao assalto, que estava em curso.
Em causa podem estar, além da violação de deveres funcionais - que constam no estatuto dos magistrados do MP -, vários crimes contra a realização da justiça, como denegação de justiça, prevaricação e favorecimento pessoal.