O preço das casas em Portugal aumentou 17,2% no segundo trimestre deste ano quando comparado com o mesmo período de 2024, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Foi o "aumento homólogo de preços mais expressivo da série disponível", diz. É uma subida de 0,9 pontos percentuais face aos três primeiros meses de 2025. Entre abril e junho, os preços das habitações existentes registaram uma subida homóloga de 18,3% e as casas novas apresentaram uma valorização de 4,5%. Nestes três meses em análise, foram transacionadas 42.889 imóveis residenciais, um aumento de 15,5% face a idêntico período do ano anterior. Deste volume, 34.579 (80,6% do total) respeitaram a casas usadas, correspondendo a um aumento homólogo de 16,7%. Nas habitações novas, a subida do número de transações foi 10,9%, num total de 8310 unidades.As transações fechadas no segundo trimestre de 2025 totalizaram 10,3 mil milhões de euros, um crescimento de 30,4% por comparação com o mesmo período de 2024. Segundo o INE, observou-se uma taxa de variação homóloga de 33,6% no valor das transações das casas usadas, atingindo os 7,6 mil milhões de euros, e um crescimento de 22% no valor das habitações novas, para 2,6 mil milhões de euros.O setor institucional das famílias foi responsável pela compra de 37.699 habitações, 87,9% do total de transações. O INE adianta que é "necessário recuar até ao 3.º trimestre de 2020 para se observar um peso relativo mais elevado (88,2%)". As famílias investiram 8,9 mil milhões de euros, um aumento homólogo de 32,8%.Já as transações realizadas por compradores estrangeiros fixaram-se em 2107 unidades, uma quebra de 14,5% face a idêntico período de 2024. É o quarto trimestre consecutivo em que se observa um decréscimo do peso relativo das aquisições de habitação por compradores com domicílio fiscal fora do território nacional. Os investidores da União Europeia (UE) adquiriram 1112 habitações, uma quebra homóloga de 10,5%. Já os estrangeiros com domicílio fiscal em outros países que não a UE foram responsáveis por 995 transações, uma redução de 18,6%. .Sem imigrantes, promessa das 133 mil casas até 2030 será difícil de cumprir.Procura de casas por estrangeiros foca-se agora nas pequenas cidades