"Não vamos poder falhar", referiu.
"Não vamos poder falhar", referiu.JOSE SENA GOULAO / Lusa

Falta de recursos humanos no Governo não pode afetar acordo para imigração regulada, alerta presidente da CAP

Protocolo foi assinado nesta manhã. Álvaro Mendonça e Moura, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), falou em nome das associações.
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A falta de trabalhadores na função pública não pode ser uma desculpa para eventual falha do acordo entre patrões e Governo para imigração regulada e com "ética". A afirmação categórica é de Álvaro Mendonça e Moura, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que falou na cerimónia em nome de todas as associações patronais.

"Não vamos poder falhar. Não poderá haver desculpas para o seu incumprimento, nem mesmo a da falta de trabalhadores da Administração pública, que terá estado instada já nesta data para dar resposta àquilo que o texto prevê", disparou o presidente no discurso, assistido pelo primeiro-ministro Luís Montenegro e diversos ministros. O acordo prevê que a aprovação dos vistos ocorra em apenas 20 dias.

Segundo Mendonça e Moura, os empresários depositam "uma enorme esperança" no protocolo, com objetivo de tornar a contratação dos trabalhadores estrangeiros. Na mesma declaração, Mendonça e Moura também afirmou que "sem a vinda destes trabalhadores [estrangeiros], teria sido impossível que Portugal tivesse registado os níveis de crescimento que se verificaram desde 2014, este ponto eu quero sublinhar". Para o presidente, "é importante que todos saibam disso".

Já o primeiro-ministro Luís Montenegro, que presidiu a assinatura, defendeu a política do Governo e criticou a anterior. “Nós partimos de um ponto muito problemático, vamos falar claro: tivemos nos últimos anos uma política de irresponsabilidade no domínio da imigração”, afirmou, considerando que “a falta de controlo” resultou na diminuição da capacidade de integração e numa “menor sensibilidade humanista”.

O acordo prevê que os patrões se comprometam com contrato de trabalho, seguros, formação profissional e alojamento para os funcionários estrangeiros. Em contrapartida, o Governo garante que os vistos sejam aprovados com celeridade.

amanda.lima@dn.pt

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Um novo paradigma para a migração laboral
"Não vamos poder falhar", referiu.
Governo acena “confiança” aos privados com recrutamento ético de imigrante

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