A Century of Gehry, exposição dedicada à obra do arquiteto norte-americano Grank Gehry ocupará a Ala Álvaro Siza do Museu de Serralves de maio a outubro do próximo ano. Este é um dos destaques da programação para 2026, apresentada esta tarde. A exposição é organizada em parceria com a Gehry Partners e o Getty Research Institute, e, diz a instituição do Porto em comunicado, "reúne peças nunca antes vistas, incluindo maquetas, desenhos, fotografias, mobiliário e esculturas para explorar 26 projetos do arquiteto falecido em dezembro de 2026, desde a casa que construiu para si próprio em Santa Mónica, Califórnia, até aos seus edifícios inovadores em Bilbau, Toronto, Paris, Abu Dhabi e outros locais". Frank Gehry, vencedor do Prémio Pritzker em 1989, morreu no passado dia 5 de dezembro aos 96 anos.No campo da arte contemporânea, Serralves acolherá a primeira grande exposição em Portugal da artista norte-americana Jenny Holzer. A mostra Wrong Answers estará patente de junho de 2026 a janeiro de 2027. "Reconhecida pelo uso incisivo do texto em múltiplos suportes, de bancos de pedra e painéis LED a projeções monumentais de luz, Holzer aborda temas como poder, violência e justiça social através da retórica dos sistemas contemporâneos de informação", descreve o museu. .Esta exposição alarga-se à Biblioteca de Serralves, "destacando a sua relação singular com o espaço público, a matéria impressa e a dimensão escultórica das palavras".Entre julho de 2026 a janeiro de 2027, na Casa e no Parque de Serralves serão apresentadas obras do pintor e escultor coreano Lee Ufan, que criam uma ponte entre a estética oriental e ocidental. "Esta exposição cria um diálogo imersivo entre as obras meditativas de Lee Ufan e a poética natural da paisagem, assinalando a sua primeira grande exposição em Portugal", realça o museu. .A Coleção Duerckheim, que reúne obras de artistas como Georg Baselitz, Anselm Kiefer, Damien Hirst, Theaster Gates e Zhang Huan e que está em depósito de longa duração em Serralves, será mostrada na exposição intitulada Aflição de Espírito, Coleção Duerckheim X Serralves de 14 de maio a 8 de novembro de 2026. "A exposição reflete sobre as responsabilidades morais e históricas da humanidade no rescaldo da guerra e do autoritarismo. Através da pintura, da escultura e do cinema, explora a forma como a arte contemporânea tem enfrentado o trauma do século XX e a persistência da memória coletiva", explica o museu. .Entre julho de 2026 e janeiro de 2027 estará patente a exposição Beautifully Imperfect, de Alice Neel. "Celebrando uma das vozes mais radicais da pintura norte americana do século XX, Beautifully Imperfect explora a representação profundamente humana da identidade, da intimidade e do conflito social na obra de Alice Neel", diz Serralves. A mostra está organizada por temas e aborda "o corpo, a maternidade, o envelhecimento e comunidades marginalizadas, desde residentes do Harlem a ativistas e imigrantes".No âmbito desta exposição, a coreógrafa Vera Mantero vai apresentar micro coreografias "em diálogo ou confronto com as pinturas de Neel e as suas representações". .Anri Sala, conhecido pelas suas instalações imersivas que combinam som, imagem e arquitetura, expõe uma instalação site specific na ala poente do Museu de Serralves, entre novembro de 2026 e maio de 2027. "A exposição reimagina o percurso do visitante como uma composição espacial e temporal, onde a música e o movimento moldam a perceção". .Filipa César, uma artista que analisa criticamente o passado colonial português, será alvo de uma antologia na mostra Meteorizações, de janeiro a maio de 2026. Entre fevereiro e maio haverá uma exposição de obras de Joan Miró, com obras da Coleção Miró do Estado Português e da Coleção de Serralves. Afinidades Eletivas tem curadoria de Robert Lubar e põe em diálogo as obras do artista catalão com as de outros artistas, como Helena Almeida, Paula Rego, Blinky Palermo e Robert Morris. Na área do cinema, a Casa do Cinema Manoel de Oliveira apresentará uma retrospetiva dedicada a Miguel Gomes, o realizador de Tabu, As Mil e Uma Noites e Grand Tour, filme que lhe valeu o Prémio de Melhor Realização no Festival de Cannes, em 2024. "A exposição, a primeira inteiramente dedicada ao cineasta, centra-se no seu singular processo de realização, através de fotografias, sequências de rodagem e uma vasta coleção de materiais inéditos, acompanhada por uma retrospetiva integral da sua obra e por uma nova curta-metragem encomendada especificamente para a ocasião", explica Serralves.Será publicado um catálogo sobre a obra do realizador e um livro com ensaios do cineasta e críticas de cinema. No final da exposição será exibida a próxima longa-metragem de Miguel Gomes, Savagery.Entre março de 2026 e setembro de 2027 será possível ver também na Casa do Cinema Manoel de Oliveira e o Cinema Português III, a terceira de uma série de exposições dedicadas ao cineasta português, centrada nas três últimas décadas da sua carreira, período em que realizou cerca de 20 filmes..Frida Orupabo e Neïl Beloufa. Programação do MAC/CCB para 2026 inclui artistas que usam "linguagem dos jovens".No ano em que faz dez anos, MAAT expõe Coleção de Arte da Fundação EDP