Exclusivo Poesia. O lado B da atriz Sónia Balacó

Anda sempre acompanhada de um caderno e uma caneta não vá um pensamento ou uma ideia se perder. E não são raras as vezes que pára no meio da rua para escrevinhar. Poesia, sobretudo. Este é o lado B da atriz e modelo Sónia Balacó. A poesia que tanto gosta e a que a acompanha desde que se lembra.

"Não sei o que é viver sem escrever poesia. Era uma miúda estranha muito solitária, não me dava com os outros miúdos, e a escrita surgiu desse espaço de solidão e aborrecimento", conta ao DN. Era aí nesse espaço de aborrecimento que inventava e escrevia histórias, peças de teatro e, claro, a poesia, pela necessidade de fotografar com palavras "a descoberta de um lugar novo na minha cabeça".

Não gosta de seguir temáticas pré-definidas, prefere a liberdade absoluta da página em branco e na possibilidade de experimentação. "Acredito que o poema vem antes da palavra, é um encontro que existe com algo invisível, e a poesia é a tentativa de captar esse momento", explica a atriz que é rosto frequente em editoriais de moda, na televisão e no cinema - recentemente participou em Variações (2019) de João Maia e Ordem Mural (2020) de Mário Barroso. Sobre autores preferidos há um rol, mas Fernando Pessoa é o primeiro que refere.


"Costumo dizer que o meu primeiro amor foi o Fernando Pessoa. Foi a minha grande companhia na adolescência. E ainda o é, acompanha-nos para a vida". Logo a seguir vêm Sophia (de Mello Breyner Andresen) e o brasileiro Paulo Leminksy, entre muitos outros.

A poesia que escreve já resultou num livro publicado em 2015 (Constelação, pela editora Mariposa Azul) e para o mais cedo possível está o lançamento do segundo livro "que quero que seja em breve", diz, assertiva.

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