Foto: Fundação Eça de Queiroz.
Foto: Fundação Eça de Queiroz.

"Momento simbólico e solene." Restos mortais de Eça de Queiroz este domingo em câmara-ardente na Casa de Tormes

Visita está aberta até às 16:30 deste domingo. Trasladação para o Panteão Nacional está marcada para quarta-feira.
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Os restos mortais de Eça de Queiroz estão este domingo em câmara-ardente da Casa de Tormes, ao lado de objetos como a secretária onde Eça escrevia e os livros que costumava ler. De acordo com a Fundação Eça de Queiroz, trata-se de um "momento simbólico e solene" que representa a "derradeira despedida da Quinta de Vila Nova antes da partida para Lisboa".

O local está aberto para visita até às 16:30 deste domingo e faz parte do programa especial dedicado ao escritor, antes da trasladação para o Panteão Nacional na quarta-feira. Também este domingo está previsto, pelas 16.00 um ato de protesto próximo à Casa de Tormes contra a mudança dos restos mortais do escritor. Intitulado Movimento de Cidadãos Baionenses, o grupo diz-se "indignado" com a trasladação.

A Casa de Tormes fica situada na freguesia de Santa Cruz do Douro, concelho de Baião. O fim de semana todo tem sido dedicado ao escritor. No sábado foi realizada uma sessão solene de homenagem a Eça de Queiroz com a presença de autoridades como a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.

Dalila Rodrigues participou da homenagem.
Dalila Rodrigues participou da homenagem.Foto: Câmara Municipal de Baião
Foto: Fundação Eça de Queiroz.
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Anos de impasse

A trasladação para o Panteão Nacional vai ocorrer após anos de disputas judiciais. Há quase um ano, em 25 de janeiro de 2024, o Supremo Tribunal Administrativo (STA) rejeitou o recurso de seis bisnetos do escritor, que contestavam a trasladação. Dos 22 bisnetos de Eça de Queiroz, 13 concordaram com a trasladação para o Panteão Nacional, havendo ainda três abstenções.

O movimento inicial para a mudança do local foi uma resposta ao pedido da Fundação Eça de Queiroz. Em janeiro de 2021, a Assembleia da República aprovou por unanimidade um projeto de resolução com a recomendação. O objetivo era "conceder honras de Panteão Nacional aos restos mortais de José Maria Eça de Queiroz, em reconhecimento e homenagem pela obra literária ímpar e determinante na história da literatura portuguesa".

Eça de Queiroz morreu em 16 de agosto de 1900 e foi sepultado em Lisboa. Em setembro de 1989, os seus restos mortais foram transportados do Cemitério do Alto de São João, na capital, para um jazigo de família, no cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião.

* Com Lusa.

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