A homenagem de Portugal: Eusébio já está no Panteão

Cortejo saiu do Lumiar às 15.15 e terminou no Panteão Nacional, quase quatro horas depois, para homenagear o Pantera Negra. Acompanhe com o DN.
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O dia de homenagem a Eusébio:

19.57 - A urna com os restos mortais de Eusébio foi, enfim, transportada para o interior do Panteão Nacional. É a 12.ª personalidade a merecer esta honra, a primeira desportista.

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19.54 - A banda da Guarda Nacional República vai encerrar a cerimónia com o hino nacional.

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19.50 - É agora exibido um vídeo que mostra alguns dos momentos de Eusébio ao serviço do Benfica e da seleção nacional.

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19.44 - Segue-se o discurso de Cavaco Silva.

"Eusébio sempre esteve acima das controvérsias que marcam o nosso quotidiano. Eusébio foi das personalidades mais cativantes que conheci na minha vida. Encarava com humildade a grandeza do seu génio (...) Eusébio repousará com os grandes nomes da vida pública e da cultura. Foi amado genuinamente pelo país inteiro."

"Conceder a Eusébio honras de Panteão Nacional é exprimir gratidão por uma lenda do futebol admirada no Mundo."

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19.42 - Cumpre-se a intervenção de Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República.

"Eusébio era o fazedor dos afetos da alegria. A alegria que Espinosa diz que nos aproxima mais da liberdade, que é "força maior de ser e estar no mundo". Ele gerava uma coesão positiva que a todos nos ligava. Também por isso a homenagem do Parlamento o chama para a celebração de todos os consensos. Porque ele sintetiza o reconhecimento unânime do valor, a pura concordância acima de todas as preferências particulares. Metáfora, afinal, do próprio jogo da democracia. "

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19.33 - Segue-se o momento musical de Rui Veloso, com os temas "Nunca me esqueci de ti" e "Irmã África".

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19.20 - António Simões, o melhor amigo de Eusébio no futebol, no discurso inaugural:

"Ele dizia que eu era o irmão branco dele. Acrescento então que eras o irmão de todas as cores, do compromisso, ternura e lealdade (...) Não morreu. Só se ausentou fisicamente. Com o seu afastamento, nós é que morremos em parte. No meu caso, uma grande parte."

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19.10 - A cantora Dulce Pontes interpreta o hino nacional. Rui Veloso também vai cantar na cerimónia.

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19.00 - Corpo de Eusébio chega ao Panteão, à hora prevista

O cortejo chega ao destino, quase quatro horas após a saída do Lumiar. O caixão que transporta o corpo de Eusébio, embrulhado com uma bandeira de Portugal, será agora transportado para o interior do Panteão, após cumpridas as cerimónias protocolares.

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18.56 - Cavaco Silva chega ao Panteão

A três minutos da hora prevista para a chegada do corpo de Eusébio ao Panteão, o Presidente da República chega ao local. Cavaco discursará durante a cerimónia.

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18.48 - Pedro Passos Coelho chega ao Panteão

Primeiro-ministro é uma das muitas figuras nacionais já no local. Telmo Correia, deputado do CDS-PP e autor da proposta para a transladação, disse à SIC que o "Eusébio é um héroi popular", salientando o momento histórico, pois o antigo futebolista "é o primeiro português nascido em África a ter essa honra".

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18.24 - Algumas pessoas já esperam pela chegada e Eusébio ao Panteão

Cortejo passou pela Ribeira das Naus está próximo do seu destino final e muitas pessoas já esperam pela urna junto ao Panteão.

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18.03 - Passagem pelo Parlamento

Cortejo chegou à Assembleia da República. Muitas pessoas aplaudem a passagem da urna. Alguns deputados estiveram nas escadarias, tal como a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves. Não houve qualquer paragem, cortejo segue para o Panteão.

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17.43 - Cortejo para em frente da Federação Portuguesa de Futebol

Várias figuras do futebol nacional prestam homenagem ao Pantera Negra, entre elas o presidente da FPF Fernando Gomes, o selecionador Fernando Santos, João Vieira Pinto, Humberto Coelho, entre outras. Cortejo segue agora em direção à Assembleia da República.

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17.38 - Urna está a caminho do Panteão

Feita a troca do carro funerário para a charrete, a urna está agora a caminho do Panteão, tendo deixado o Parque Eduardo VII, onde estavam presentes alguns adeptos do Benfica.

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17.07 - Cortejo chegou ao Parque Eduardo VII

Urna será agora colocada numa charrete, que levará Eusébio até ao Panteão.

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15.40 - Missa no seminário da Luz

O caixão com o restos mortais de Eusébio já chegou ao seminário da Luz, embrulhado numa bandeira de Portugal, onde será realizada uma missa.

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14.15 - RTP1 e SIC dedicam tarde à trasladação

A estação pública e a de Carnaxide decidiram interromper a sua programação habitual e vão acompanhar em direto, e durante cerca de cinco horas, a homenagem e o cortejo do Pantera Negra.

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14.00 - Presidente da federação moçambicana pede estátua ou rua em Maputo

O presidente da Federação Moçambicana de Futebol defendeu hoje, em declarações à Lusa, que Eusébio deveria ter uma estátua ou o nome de uma rua em Maputo.

No dia em que o corpo de Eusébio é trasladado para o Panteão Nacional, em Lisboa, Feisal Sidat considera "justo e oportuno" dar-lhe "um lugar digno" e lamenta que o Governo moçambicano não tenha ainda prestado a devida homenagem à antiga estrela do futebol mundial que nasceu na então Lourenço Marques.

Eusébio era uma "figura muito querida no país", à semelhança do antigo capitão do Benfica Mário Coluna, que morreu no ano passado em Maputo, e ambos "vão ficar para sempre no coração dos moçambicanos". Feisal Sidat destaca também a figura do 'pantera negra' no bairro da Mafalala, na capital moçambicana, onde cresceu e começou a jogar futebol e "onde mesmo os mais jovens recordam a sua memória".

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13.30 - "Representou Portugal no desporto e no futebol como ninguém"

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aproveitou o dia da trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional, para evocar "a memória do "King" através dos testemunhos de quatro personalidades que também fazem parte da historia do futebol português".

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O presidente da FPF, Fernado Gomes, considera que esta é "uma justa homengem", Humberto Coelho recorda a forma como Eusébio "representou Portugal no desporto e no futebol como ninguém", Fernando Santos lembra o primeiro jogo do futebolista pelo Benfica e João Pinto fala da importância do antigo jogador para a seleção.

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13.00 - Trânsito para em Lisboa para deixar passar Eusébio

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Família convidou Dulce Pontes para homenagear Eusébio

"Um momento muito especial" e também complicado de gerir, é assim que Dulce Pontes vê a sua participação nas cerimónias de trasladação dos restos mortais de Eusébio do Cemitério do Lumiar para o Panteão Nacional. Sobretudo porque se cruzou algumas vezes com o Pantera Negra, uma delas para promover o Europeu de 2004 e outra num concerto de Andrea Bocelli. Vai cantar A Portuguesa depois de o caixão ser depositado no monumento, quase quatro horas depois da saída do cemitério, num cortejo que visita locais emblemáticos da capital e do futebolista.

"Ele adorava Andrea Bocelli - foi lindo vê-los os dois", lembra Dulce Pontes. "Há um sentimento de uma densidade muito grande ... o Eusébio irradiava humildade, com aquele fundo de dignidade muito forte, não precisava de abrir a boca. Depois, nós sabemos como foi o tempo dele, jogava mesmo por amor à camisola, não havia aquelas quantias chorudas. Ao mesmo tempo é um bocado estranho. É uma honra que é prestada e que é merecida, é uma homenagem, mas é denso. E, sendo o Hino Nacional, ainda mais denso se torna. Não sei como vai ser, mas vai ser com toda a alma." Palavras sobre o dia de hoje, antes de a cantora ensaiar a sua participação nas cerimónias.

Dulce Pontes foi convidada pela família de Eusébio e o seu será o primeiro momento musical após a chegada dos restos mortais do futebolista ao Panteão Nacional, pelas 19.00. O segundo pertence a Rui Veloso, que vai estar acompanhado de um coro para interpretar duas canções, uma das quais Irmã África.

O antigo internacional do Benfica e companheiro de equipa de Eusébio no clube da Luz António Simões faz o elogio fúnebre entre as músicas de Rui Veloso. Assunção Esteves e Cavaco Silva também usam da palavra, a que se seguirá a transmissão de um vídeo sobre o futebolista. Só depois é assinado o "termo de sepultura" e ouvir-se-á novamente o Hino Nacional, ao som da banda da Guarda Nacional Republicana.

As cerimónias de "concessão de honras de Panteão Nacional a Eusébio da Silva Ferreira" têm início às 15.15, com a saída dos restos mortais do Cemitério do Lumiar, prevendo-se que terminem às 20.10, depois da retirada do Presidente da República, da presidente da Assembleia da República e do primeiro-ministro.

Missa no Seminário da Luz, visita ao Estádio da Luz, passagem ao Parque Eduardo VII e paragem junto à Federação Portuguesa de Futebol e ao Parlamento são alguns dos momentos do cortejo com os restos mortais de Eusébio, tantas vezes apelidado de rei.

A trasladação vai provocar não só o encerramento ao público do Panteão como o condicionamentos do trânsito em artérias das freguesias de Carnide, Lumiar, São Domingos de Benfica, Campolide, Santo António, Misericórdia, Santa Maria Maior, São Vicente e Estrela, em Lisboa. A circulação nos arruamentos de acesso ao Panteão Nacional estará também encerrada.

Eusébio da Silva Ferreira é a terceira figura nacional a morrer depois do 25 de Abril que fica no Panteão Nacional, depois da escritora Sophia de Mello Breyner e da fadista Amália Rodrigues. O monumento foi mandado construir por decreto a 26 de setembro de 1836, para homenagear e acolher "os túmulos de grandes vultos da história portuguesa".

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