MIMO: o festival mais democrático de Portugal está confirmado para 2025
Sem cobrança de ingresso, sem palcos menores, sem artistas com nome menor no cartaz de divulgação e uma mistura de artistas emergentes e outros já consolidados: estes são alguns dos aspetos que tornam o MIMO o festival mais democrático de Portugal. A edição deste ano, em Amarante, foi considerada um sucesso pela organização, que já confirma ao DN a edição 2025.
Amarante sediará novamente o evento de 18 a 20 de julho no próximo ano, às margens do rio Tâmega. Nesta edição, mais de 80 mil pessoas passaram pelo MIMO durante três dias. A cidade ficou repleta de visitantes vindos de várias partes do mundo, que lotaram a capacidade hoteleira do município.
Lú Araújo, a brasileira criadora do MIMO, avalia que a edição foi um sucesso. “O público do MIMO é gigante e cheio de gente bonita, vindos de várias partes do mundo”, diz ao DN. Mesmo com chuva na noite de sábado, os espectadores marcaram presença e deixaram o parque Ribeirinho repleto até a madrugada.
“Foram tantas emoções, tantas reivindicações no palco através da música, da arte, eu acho que o MIMO é um festival cada vez mais fundamental”, destaca Lú Araújo. O público também se mostrou diverso, com crianças e idosos. “O festival é família, é um festival de paz. Que venham as crianças todas, que cresçam ouvindo boa música”, reflete a produtora, que tem uma série de prémios na carreira.
A profissional se diz cada vez mais animada em realizar o evento, que ganhou uma dimensão maior neste ano, com o patrocínio da Embratur, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. “O MIMO não é um milagre, ele é um festival que para ser nesse padrão, com esses artistas, inclusive os brasileiros, que custam muito caro para chegar na Europa, precisam de apoio”, explica a brasileira, que divide o tempo entre o Rio de Janeiro e a cidade do Porto.
A visão da produtora é de diversidade e igualdade, que são marcas do festival. “Tem palco grande pra todo mundo, tem som bom, é um festival muito caro para produzir pelo elevado padrão, com a diferença que não cobramos entrada”, argumenta. Neste ano, o cartaz teve artistas de três continentes: África, América e Europa. Passaram pelo palco nomes como Marcelo D2, General Levy, A Cor do Som, Carminho e Dino D’ Santiago.
(A jornalista viajou a convite do MIMO)