Vasco de Mello absolvido no caso Cimpor

O presidente da Brisa era acusado de um crime de mercado na compra de ações. Ministério Público recorreu da primeira absolvição. Relação considerou agora o caso encerrado com nova absolvição
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Três anos depois da acusação, Vasco de Mello foi definitivamente absolvido no caso Cimpor. O Tribunal da Relação decidiu, na semana passada, dar o processo como encerrado, confirmando a absolvição já dada na primeira instância, e sem possibilidade de novo recurso por parte do Ministério Público. O gestor sempre negou ter cometido qualquer crime.

O tribunal considerou agora "totalmente improcedente" o recurso que o Ministério Público havia interposto da decisão do tribunal de primeira instância no processo por alegada prática de um crime de abuso de informação privilegiada.

Em causa estava a aquisição de 50 mil ações da Cimpor, em março de 2012, a 5 euros/ação, dois dias antes de ser lançada a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Camargo Corrêa sobre a cimenteira portuguesa, levando os títulos a valorizar-se em 50 cêntimos - e o gestor a dar ordem de venda. O Ministério Público e a CMVM investigaram o caso e decidiu-se avançar com a acusação. Mas nada de irregular ficou provado.

Depois da absolvição em primeira instância, em março do ano passado, o acórdão do Tribunal da Relação confirmou agora que o Ministério Público não apresentou qualquer prova da prática do crime de abuso de informação privilegiada. A decisão não é passível de recurso.

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