Um mexicano, um romeno e uma ucraniana. PSP trava carteiristas em elétrico
Um mexicano, um romeno e uma ucraniana formavam um improvável trio de carteiristas profissionais que atuava em Lisboa, sobretudo no interior do elétrico 15. E foi neste local, no próprio transporte, que foram detidos pela PSP, através da Divisão de Investigação Criminal, na quarta-feira de manhã por serem suspeitos da prática de crimes de furto qualificado.
Os suspeitos, com idades entre os 37 e os 64 anos, estavam "amplamente conotados e referenciados por furtos de carteiras a turistas no interior do elétrico 15". Apesar da diferença de nacionalidade e de idades, tinham um denominador comum, "a apetência e o saber da arte do furto de carteiras em transportes públicos pelo que reiteradamente se juntavam, mediante um plano que ardilosamente anteviam, para subtrair pertences a turistas naquele local com extrema coordenação e divisão de funções entre eles", explicou fonte da PSP.
Perante a situação, foi montado um dispositivo de Investigação Criminal orientado para desmantelar o bando. Os agentes acabaram por visualizar um flagrante delito quando os suspeitos se acercaram de uma turista de 72 anos de idade e da mochila que a mesma trazia às costas, subtraindo-lhe um estojo com produtos de beleza avaliado em 55 euros. Os três foram detidos e os bens restituídos à vítima.
As diligências investigatórias prosseguiram e permitiram indiciar o grupo por um total de cinco furtos qualificados, em que o total de bens furtados tem um valor estimado em cerca de 1000 euros.
De acordo com fonte policial, o esquema estava bem montado. Um dos homens assumia-se como líder e surge em várias situações investigadas. Possui já condenações pelo mesmo tipo de crime, estando inclusive proibido de frequentar os elétricos de Lisboa, além de estar obrigado a efetuar apresentações diárias. Este homem era o especialista do trio em retirar os pertences aos turistas, "o que fazia sempre com extrema arte e sem as vítimas se aperceberem".
Os detidos foram presentes no DIAP de Lisboa indiciados em cinco furtos qualificados, tendo depois um juiz decidido aplicar a medida de coação mais gravosa de prisão preventiva ao líder e apresentações periódicas aos restantes.