Silas entre os 40 inscritos no curso de treinador de IV nível
Mais de 500 candidatos (350 no III nível e 160 no IV nível) para 70 vagas no curso de treinador de III e IV nível UEFA, que começam na próxima segunda-feira. Face ao elevado número de candidatos foi preciso recorrer aos 11 critérios de desempate. Um dos deles dá prioridade a ex-jogadores (as) que tenham realizado pelo menos sete épocas desportivas completas como profissionais nas divisões de topo de federações membros da FIFA ou da UEFA.
Silas está entre os 40 eleitos para o curso de IV nível, assim como o seu antigo adjunto Zé Pedro, os treinadores das equipas B de Benfica (Renato Paiva) e Sporting (Filipe Celikkaya) ou Jorge Couto. Já Rúben Amorim (Sporting) não consta da lista dos 30 selecionados para o III nível.
Este ano estava previsto um curso para maio, mas a pandemia obrigou ao adiamento. E também por isso a parte teórica será online, só a prática obrigará a aulas presenciais. Os eleitos têm de apresentar teste negativo para o covid-19 e pagar 4750 euros.
Os cursos de treinador têm dado muito que falar no futebol português. As apostas em Silas e Rúben Amorim, técnicos sem o nível IV exigido na I Liga, por parte de Sporting e Sp. Braga, respetivamente, levou a Associação Nacional de Treinadores e os clubes a esgrimir argumentos na praça pública, enquanto a Federação justificava a falta de curso com critérios UEFA, que só permite cursos de dois em dois anos.
Portugal tem cerca de 11 mil técnicos de futebol inscritos no Instituto Português do Desporto e Juventude. O curso de treinadores de IV, necessário para treinar na I Liga, tem a duração de 376 horas, com uma estrutura curricular que vai desde a metodologia do treino a aspetos técnico-táticos, desenvolvimento das capacidades motoras, psicologia aplicada ao futebol, passando por arbitragens e leis do jogo e comunicação e imagem, sem esquecer a prática.
O diretor pedagógico do curso é Arnaldo Cunha.