Rui Clero é o novo comandante-geral da GNR

O tenente-general era o número dois da GNR e substitui Botelho Miguel que sai antes do final da comissão de serviço por ter atingido a idade de passagem à reserva
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O Primeiro-Ministro e o Ministro da Administração Interna nomearam o Tenente-General Rui Manuel Carlos Clero para o cargo de Comandante-Geral da GNR, informa em comunicado o governo.

Rui Manuel Carlos Clero nasceu em Macau, tem 58 anos de idade e 40 anos de serviço. Desde novembro de 2018, é 2.º Comandante-Geral da GNR.

Substitui Botelho Miguel, um tenente-general que, conforme o DN tinha assinalado, quando tomou posse em maio de 2018, como comandante-geral da GNR, já sabia que iria estar a prazo, porque atingiria este mês o tempo máximo de limite no posto de oficial-general (10 anos) e teria de passar automaticamente à reserva.

A sua comissão de serviço era de três anos e só terminaria em julho de 2021.

O novo comandante-geral, Rui Clero, terá um desafio inédito: será o primeiro oficial-general do Exército a começar a partilhar o comando com os novos brigadeiros generais da própria GNR, formados também na Academia Militar, e que estão a concluir o curso de oficial-general no Instituto de altos Estudos Militares.

Clero é quadro do Exército, formado na Academia Militar com os Cursos de Artilharia e prestou serviço em várias Unidades, Estabelecimentos e Órgãos do Exército, das Forças Armadas e da NATO.

Foi instrutor e desempenhou diversas funções de comando no Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea de Cascais, foi professor no Instituto de Altos Estudos Militares e Assessor e Ajudante-de-Campo do General Chefe do Estado-Maior do Exército.

Em 1999, foi nomeado como Adjunto do Representante Militar Permanente de Portugal junto do Comité Militar da OTAN e da União Europeia em Bruxelas. Durante três anos foi representante nacional em vários grupos de trabalho relacionados com a Política Europeia de Segurança e Defesa.

Foi Chefe do Estado-Maior do Campo Militar de Santa Margarida e da Brigada Mecanizada Independente, tendo sido posteriormente nomeado como Assessor Militar do Comandante do Quartel-General Conjunto da OTAN em Lisboa, função que desempenhou até à nomeação como Comandante do Regimento de Artilharia nº 5.

No âmbito da presidência Portuguesa da União Europeia em 2007, presidiu ao Grupo de Trabalho de Desenvolvimento de Capacidades. De 2008 a 2009 foi Assessor de Relações Externas de Defesa do Ministro da Defesa Nacional.

Entre 2010 e 2012 foi 2º Comandante da Brigada de Intervenção, tendo assumido, depois dessa data, as funções de Diretor de Serviços de Relações Internacionais, na Direção-Geral de Política de Defesa Nacional. Entre 2013 e 2015 desempenhou a função de Chefe de Gabinete do Ministro da Defesa Nacional, dos XIX e XX Governos Constitucionais.

Desempenhou depois as funções de Comandante Operacional e da Zona Militar da Madeira e, de junho de 2017 a novembro de 2018, foi Comandante do Comando Operacional da GNR.

A cerimónia de tomada de posse do Comandante-Geral da GNR terá lugar no próximo dia 15 de julho, no Ministério da Administração Interna.

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