Quem é Vítor Braz, inspetor-geral das Finanças, várias vezes nomeado por Centeno?

Quem é o líder máximo da Inspeção-geral das Finanças, que esta terça-feira está a ser alvo de buscas? Ex-auditor chefe do Tribunal de Contas, foi nomeado para o cargo em 2015 por Maria Luís Albuquerque, tendo sido escolhido por Mário Centeno, em 2017, para presidente do conselho de auditoria da Santa Casa da Misericórdia. Já este ano foi escolhido como representante do Ministério das Finanças no Conselho Consultivo das Fundações
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Ex-auditor chefe do Tribunal de Contas, Vítor Miguel Rodrigues Braz foi escolhido, em 2015, para ser o novo Inspetor-Geral das Finanças, entidade que esta terça-feira está a ser alvo de buscas. Na altura, a ministra das Finanças era Maria Luís Albuquerque.

Vítor Braz integrava a lista de três finalistas ao cargo de inspetor-geral de Finanças divulgada em novembro de 2014 pela Comissão de Recrutamento para a Administração Pública (Cresap) e que incluía também Joaquim Carlos de Oliveira Pinto Gomes Rodrigues e Mário Rui Ferreira Tavares da Silva, ambos da ex-inspeção-geral das Autarquias Locais.

Durante o governo liderado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, Vítor Braz substituiu José Maria Leite Martins, que tomou posse como secretário de Estado da Administração Pública no final de 2013, deixando, desde então, o cargo de inspetor-geral de Finanças sem responsável nomeado.

Na sequência das suas novas funções, Vítor Braz abandonou a presidência da mesa da assembleia-geral da Lusa - Agência de Notícias de Portugal.

Nascido em 28 de dezembro de 1965, Vítor Braz é licenciado em Direito e possui pós-graduação em Gestão e Controlo Públicos e cursos de especialização em Direito do Ambiente, Alta Direção e em Gestão Estratégica.

Auditor chefe do Tribunal de Contas desde fevereiro de 2009 e inspetor da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) desde maio de 1992, foi nomeado inspetor de Finanças chefe, precedendo concurso, em fevereiro de 2002.

De 1998 a 2005, Vítor Braz foi consultor do Instituto Superior Técnico e, de 1997 a 2009, ocupou o cargo de vogal do júri dos concursos do departamento de jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Com António Guterres como primeiro-ministro, foi assessor do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, tendo com Durão Barroso e Pedro Santana Lopes passado a apoiar os secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, o novo Inspetor-geral das Finanças ocupava a presidência da mesa da assembleia de empresas públicas e de empresas participadas pelo Estado, tendo ainda sido representante do Ministério das Finanças em comissões interministeriais e em assembleias-gerais de empresas públicas e da IGF nos comités de recursos próprios IVA e tradicionais da Comissão Europeia, de 2003 a 2009.

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