Prisão do Linhó foi alvo de buscas. Apreendidos 14 telemóveis, comprimidos e bebida alcoólica
Quarenta celas do estabelecimento Prisional do Linhó, em Sintra, foram passadas a pente fino pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), na passada segunda-feira, 13 de maio.
Das buscas efetuadas resultou a apreensão de "14 telemóveis, carregadores artesanais, 4 "pen drives", 4 objetos cortantes artesanais, 2 seringas, 25 comprimidos e 2 frascos de anabolizantes, pequenas quantidades de substâncias presumivelmente estupefacientes, 5 garrafas de bebida alcoólica produzida artesanalmente e de 20 euros em dinheiro", informa, em comunicado, a DGRSP.
A operação foi coordenada pela Direção de Serviços de Segurança da DGRSP e está inserida no âmbito do "trabalho de prevenção e combate à entrada e circulação de produtos e bens ilícitos em contexto prisional". As buscas envolveram elementos do corpo da guarda prisional do Linhó, do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), tendo tido o apoio de cães do do Grupo Operacional Cinotécnico (GOC).
Destas buscas resultou também a apreensão de "alguns equipamentos elétricos autorizados (como televisões e PlayStations), mas que apresentavam quebra dos selos de segurança".
Durante a ação, a DGRSP afirma que não existiram incidentes e que os reclusos que tinham na sua posse objetos e bem ílicitos "serão objeto do procedimento disciplinar e/ou criminal previstos na lei".
As buscas desta segunda-feira acontecem depois de, em abril, terem sido divulgadas imagens de uma festa de aniversário na prisão do Linhó, filmada em direto através das redes sociais. Nas imagens é possível ver cerca de duas dezenas de reclusos a dançarem com acesso a objetos cortantes.
A DGRSP identificou o recluso que filmou e divulgou as imagens captadas no interior do estabelecimento prisional.
"Quer o recluso que filmou e divulgou as imagens, captadas durante o recreio da manhã no Estabelecimento Prisional do Linhó, quer os outros reclusos que aparecem nas imagens estão devidamente identificados", referiu, na altura, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, numa nota enviada à Lusa.
Segundo a DGRSP, "estes reclusos, em conformidade com as disposições legais, serão objeto de procedimento e subsequentes sanções disciplinares, as quais poderão ir, consoante o grau de participação da cada um no ilícito disciplinar, até ao internamento em regime de segurança".
Após esse episódio, a Guarda Prisional realizou na cadeia de Paços de Ferreira uma megaoperação envolvendo mais de 100 operacionais e na qual foram apreendidos telemóveis, drogas e outros artigos.
No dia 15 de fevereiro, a então diretora do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, Maria Fernanda Barbosa, pediu a demissão, que foi aceite pela tutela.