Norte com mais casos novos do que Lisboa. Mais dois mortos em 24 horas

Desde o início da pandemia já morreram 1796 pessoas com covid-19 em Portugal. Este domingo o Boletim Epidemiológico dá conta de mais 145 casos confirmados, para um total de 55 597, e mais 122 recuperados.
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Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais duas pessoas e foram confirmados mais 145 casos de covid-19. Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo (23 de agosto), desde que a pandemia começou registaram-se 55 597 infetados, dos quais 40 774 estão recuperados (mais 122), e 1796 vítimas mortais no país.

Dos 145 novos casos, 69 foram registados na região Norte, com Lisboa e Vale do Tejo a ter mais 47 -- no último domingo também tinha acontecido o mesmo, na altura pela primeira vez em três meses. Em números totais, contudo, a região da capital continua à frente, com 28 753 casos desde o inicio da pandemia, face aos 19 929 registados a Norte.

No Algarve há mais 14 casos em relação ao boletim de sábado e no Centro há mais 13. O Alentejo tem mais dois casos e as ilhas mantêm-se sem alteração nas últimas 24 horas.

É no escalão etário entre os 20 e os 29 anos que o aumento de contágios é maior, com 36 novos casos.

As mortes, ambas de pessoas acima dos 80 anos, foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo e no Norte -- mais uma em cada região.

Segundo a DGS, há mais uma pessoa hospitalizada (são agora 317), havendo ainda mais cinco doentes de covid nos cuidados intensivos. São agora 47 nesta situação.

Há mais 21 casos ativos do que no sábado, estando o número total nos 13 027, e 34 413 em vigilância (mais 243).

Portugueses atrás de teste de saliva

E se bastasse uma pequena gota de saliva para verificar se alguém está, ou já esteve, infetado com o novo coronavírus? Pode parecer futurista, mas em Portugal um grupo de médicos e investigadores liderados por Nuno Rosa, professor da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e investigador de um dos seus laboratórios, o Saliva Tec, sediado no campus de Viseu da UCP, está a trabalhar no desenvolvimento de um teste desse tipo. E os resultados não podiam ser mais promissores.

"Estamos ainda a recolher os últimos dados, mas os nossos resultados mostram que a ideia funciona, a prova de conceito está feita", garante Nuno Rosa, sublinhando que o grupo está agora "na fase de encontrar parceiros para desenvolver e criar um teste miniaturizado para aplicação em larga escala".

Covid-19 "ficará connosco para sempre"

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que a pandemia de coronavírus vai desaparecer no espaço de dois anos, mas um especialista britânico não está assim tão confiante. Mark Walport, membro do grupo de aconselhamento científico para as emergências do governo britânico, disse à BBC acreditar que o vírus "ficará connosco para sempre".

Na prática, isso significa que o covid-19 não pode ser erradicado como a varíola foi, com o último caso a ser detetado na década de 1970, mas funcionará como a gripe, que requer vacinação regular.

"Este é um vírus que ficará connosco para sempre de uma forma ou de outra e quase de certeza vai requerer a repetição da vacinação", afirmou Walport. "Um pouco como a gripe, as pessoas vão precisar de nova vacinação em intervalos regulares", acrescentou.

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