Portugal com 1576 mortes e 42 141 casos. São mais 229 em 24 horas

O Boletim Epidemiológico desta terça-feira contabiliza mais oito mortes por causa do novo coronavírus -- o número mais elevado desde 6 de junho. Dos novos casos, 188 (isto é 82%) foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo.
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Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram oito pessoas e foram confirmados mais 229 casos de covid-19. Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira (30 de junho), no total, desde que a pandemia começou, há registo de 42 141 infetados e 1576 mortes.

É o número mais elevado de mortes num só dia desde o registado no boletim de 6 de junho, que dava conta de nove mortes em 24 horas.

Esta terça-feira, há ainda mais 300 recuperados do que na segunda-feira, com o número dos que já recuperaram da doença a chegar aos 27 505.

Segundo a DGS, há ainda mais duas pessoas internadas (são agora 491), das quais 73 (mais duas do que na véspera) nos cuidados intensivos.

Dos 229 novos casos em 24 horas (um aumento de 0,5%), 188 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo (num total de 19 165 desde o início da pandemia). Representam 82% dos novos casos. No Norte há mais 20 casos (17 521), no Centro mais dez (4110), no Alentejo são mais sete (484) e no Algarve mais três (618). Há ainda mais um caso na Madeira (93), com os Açores a manterem os 150 casos do boletim da véspera.

Entre os oito novos mortos (um aumento de 0,5%), cinco deles foram contabilizados na região de Lisboa e Vale do Tejo, dois no Alentejo (incluindo pelo menos mais um resultante do surto de Reguengos de Monsaraz) e um no Norte. Todas as novas vítimas mortais (quatro homens e quatro mulheres) têm mais de 60 anos, sendo que cinco têm mais de 80.

É preciso recuar ao boletim de 6 de junho para encontrar um dia com mais mortos (foram então registados mais nove).

Há 1454 pessoas a aguardar o resultado dos testes (menos 44 que na segunda-feira) e 31 414 em vigilância pelas autoridades de saúde, mais 104 que no boletim anterior.

O sintoma mais comum entre os infetados é a tosse (que afeta 37% dos doentes), seguida da febre (28%) e de dores musculares (21%), segundo o boletim da DGS.

Medina: "más chefias e pouco exército"

O presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, considera que o aumento do número de infetados na região de Lisboa e Vale do Tejo se deve às "más chefias" e à falta de profissionais no terreno, exigindo respostas rápidas.

"É uma nota direta a todos os responsáveis relativamente a esta matéria, que é preciso agir rápido. Ou há capacidade de conter isto rápido ou então têm de ser colocadas as pessoas certas nos sítios certos", disse no seu espaço de comentário na TVI24 na segunda-feira à noite.

Dezanove freguesias dos concelhos de Lisboa, Sintra, Amadora, Odivelas e Loures, com maior incidência de novos casos de covid-19, entram na quarta-feira numa situação de calamidade, com regras mais restritivas, em sentido contrário à generalidade do país.

Entretanto, um novo surto no Hospital Egas Moniz já infetou 11 profissionais de saúde e obrigou a transferir doentes. Leia mais aqui

Menos oito mil milhões gastos em cartões

Nos primeiros 100 dias de pandemia foram feitas menos 200 milhões de transações com cartões, o que equivale a oito mil milhões de euros de transações perdidas, com as compras a focarem-se nos bens essenciais, indicam dados da SIBS.

"Apesar de em junho se observar transacionalidade próxima dos valores pré-pandemia, estima-se que o consumo global está ainda 25% abaixo do esperado em junho de 2020", refere a SIBS em comunicado, assinalando que esta situação aponta para "uma estimativa de transações perdidas no período de pandemia (março a junho) de 8 mil milhões de euros, equivalente a cerca de 200 milhões de transações".

Dez milhões de infetados e 505 mil mortos

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 505 652 pessoas e infetou mais de dez milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 11:00 de Lisboa, já morreram pelo menos 505 652 pessoas e há mais de 10 322 400 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, na cidade chinesa de Wuhan.

Pelo menos 5 187 300 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

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