Entra diretor, sai diretor. Apenas horas depois de Paulo Isabel ser anunciado como o novo diretor-geral da PJ Militar, Marques Alexandre, que substituía temporariamente o anterior responsável -- Luís Augusto Vieira está em prisão preventiva no âmbito do desaparecimento do material de guerra dos paióis de Tancos --, pediu para deixar a liderança da unidade de investigação criminal, que liderava, e reingressar no Exército..De acordo com a TSF, que noticiou o caso, a saída terá acontecido por Marques Alexandre ter patente equivalente ao diretor-geral nomeado mas mais três anos de serviço do que o novo diretor-geral..Nomeado pelo ministro da Defesa mediante proposta do chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Paulo Isabel assume assim a função de "retomar o normal funcionamento da Polícia Judiciária Militar", conforme é referido no comunicado do ministério, depois de o caso de Tancos ter levado à prisão preventiva de duas pessoas -- um civil, além do anterior diretor-geral da PJM, supostamente implicados no desaparecimento do material de guerra --, tendo ainda sido constituídos arguidos outros seis suspeitos no âmbito da Operação Húbris..Ontem foi detido mais um suspeito. O ex-porta-voz da PJ Militar Vasco Brazão, que estava em missão na República Centro-Africana, decidiu antecipar o seu regresso ao saber do mandado que levou à sua detenção ontem à tarde, assim que aterrou em Lisboa..O militar já reagira na sua página de Facebook, afirmando-se arrependido, mas de consciência tranquila. "Não sou um criminoso nem tão-pouco os meus camaradas o são. Somos militares. Cumprimos ordens", escreveu o major, que invocara interesse nacional para o sucedido..O major agora detido deverá ser interrogado nas próximas 48 horas, decidindo-se então a que medidas de coação ficará sujeito.