PCP notou falta de contratações para SNS. PS ouviu "confiança"

O dirigente comunista João Frazão sublinhou a falta do anúncio de mais contratações para o Serviço Nacional de Saúde ou de políticas de rutura na mensagem de Natal do primeiro-ministro António Costa. Já o PS ouviu "responsabilidade e confiança".
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"O que faltou ao primeiro-ministro (PM) foi anunciar a contratação dos profissionais de Saúde em falta, para o que tem, por proposta do PCP, cabimento no Orçamento do Estado. O que faltou foi anunciar a rutura com as políticas que criaram os problemas estruturais que ficaram agora expostos com a pandemia", declarou o dirigente do PCP.

O líder socialista manifestou na sexta-feira (25 de dezembro) esperança na recuperação do país, após um ano de "combate, dor e resistência" por causa da pandemia de covid-19, numa mensagem de Natal em que expressou "especial gratidão" aos profissionais de saúde.

"A dificuldade está em passar do reconhecimento dos profissionais do SNS, que deram uma notável resposta até agora, para a valorização concreta das suas carreiras e profissões. A dificuldade está em passar da solidariedade com o sofrimento de quem perdeu o seu emprego para a defesa concreta de empregos e salários, em passar da preocupação com a economia para a defesa da produção nacional", defendeu Frazão.

O membro da comissão política do Comité Central do PCP acrescentou que "o que faltou ao PM foi assumir uma palavra de condenação para os que tudo querem destruir, mesmo à custa de uma maior degradação da situação económica e social".

"Certamente não fizemos tudo bem e cometemos erros, porque só não erra quem não faz", admitiu Costa, prometendo não regatear esforços para combater a pandemia e aliviar o sofrimento dos portugueses.

João Frazão citou como exemplo os acionistas da Refinaria de Matosinhos, "cujo encerramento, com a consequente destruição de mais de meio milhar de postos de trabalho diretos, foi anunciado pela mesma administração que ainda há meses distribuiu mais de 500 milhões de euros em dividendos".

O secretário-geral-adjunto do PS, José Luís Carneiro, destacou este sábado (26 de dezembro) a "responsabilidade e confiança" detetados na mensagem de Natal da véspera por parte do primeiro-ministro e líder socialista, António Costa.

"Reflete o valor da gratidão, o sentimento que todas as portuguesas e portugueses têm por aquelas e aqueles, mulheres e homens, que, durante os períodos mais críticos desta pandemia, entregaram as suas vidas para que todos tivéssemos acesso aos bens e serviços públicos essenciais", afirmou.

O chefe do executivo minoritário do PS manifestou na sexta-feira esperança na recuperação do país, após um ano de "combate, dor e resistência" por causa da pandemia de covid-19, num discurso de "especial gratidão" aos profissionais de saúde.

Carneiro salientou que "há sinais que suscitam a confiança no futuro", por exemplo "o facto de a vacinação chegar mais cedo do que o previsto".

Segundo o "número 2" de Costa no largo do Rato, "a Europa afirmou a sua solidariedade, disponibilizando os recursos financeiros essenciais" para continuar aquilo que, "com muitas dificuldades e esforço", o Governo tem vindo a fazer.

"Garantir, durante o período mais crítico, a salvaguarda dos rendimentos, a proteção do emprego e apoio às micro, pequenas e médias empresas", vincou José Luís Carneiro, como prioridade do elenco governativo.

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