Mundial entra na reta final: conheça os jogadores que mais estão a brilhar
São seis seleções europeias e duas da América do Sul. Ao todo oito conjuntos que tentam disputar o cetro mundial que (ainda) está na posse da já eliminada Alemanha. O DN aponta a figura que tem sido mais influente em cada uma das oito seleções ainda presentes na prova, que entra agora na sua reta final com a realização dos quartos-de-final. E desta fase sairão os quatro resistentes, sendo certo que todas as seleções em prova já chegaram, pelo menos, às meias-finais do Mundial.
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Uruguai-França - Sexta-feira (15.00)
Edinson Cavani
Posição: Avançado
Clube: Paris Saint-Germain
Está em dúvida para o jogo com a França e será uma baixa de vulto se por acaso não recuperar da lesão contraída no encontro com Portugal. O avançado de 31 anos está a realizar um Mundial de extrema qualidade. Não marcou nas vitórias pela margem mínima com o Egito e a Arábia Saudita, mas a qualidade do seu jogo e a persistência evidenciada, em parceria com Luis Suárez, foram determinantes para que o Uruguai conseguisse derrubar os dois muros. Com a Rússia estreou-se a marcar, mas a sua influência ficou indelevelmente marcada no jogo dos oitavos-de-final com Portugal ao apontar os dois golos da sua seleção, e qualquer um deles de difícil execução, só ao alcance de um fora de série. E isto em 74 minutos, antes de sair do relvado amparado por Cristiano Ronaldo.
Kylian Mbappé
Posição: Extremo/avançado
Clube: Paris Saint-Germain
Aos 19 anos está a ser uma das principais figuras deste Mundial, senão mesmo a principal. O seu futebol eletrizante a partir do flanco direito do ataque tem contagiado colegas, adeptos e deixado os adversários em perfeito pânico. O adolescente aqueceu motores com a Austrália, marcou o único golo do encontro com o Peru, descansou com a Dinamarca e rebentou diante da Argentina ao fazer dois golos... em dois remates. No jogo que enviou Messi para casa, Mbappé pode ter recebido uma espécie de passagem de testemunho por parte do esquerdino do Barcelona, considerado o melhor jogador do último Mundial. A boa notícia é que ainda vamos ver Mbappé durante muitos anos.
Brasil-Bélgica - Sexta-feira (19.00)
Philippe Coutinho
Posição: Médio ofensivo
Clube: Barcelona
O Brasil tem beneficiado bastante do rendimento de Philippe Coutinho enquanto Neymar procura a melhor condição física e faz face à polémica de quem o acusa de fazer teatro. O médio do Barcelona tem sido de uma fiabilidade e de uma regularidade impressionantes. Marcou com a Suíça, voltou a marcar com Costa Rica, assistiu com a Sérvia. Ou seja, não se escondeu, assumiu as responsabilidades e mesmo diante do México, com o jogo a torcer-lhe o nariz, tentou, tentou e nunca desistiu de tentar. Reflexo disso foram os cinco remates efetuados em 86 minutos. Tudo somado, em relação aos quatro encontros efetuados pelo Brasil, ninguém terá sido tão influente na manobra do escrete canarinho principalmente na forma como equilibrou a equipa e deu critério ao meio-campo do conjunto comandado por Tite.
Eden Hazard
Posição: Médio ofensivo
Clube: Chelsea
Era a grande figura da Bélgica antes do Mundial, tendo confirmado esse rótulo em plena competição. É verdade que Lukaku é o goleador, mas o rasgo, o golpe de asa e a magia saem dos pés de Eden Hazard, que não tem uma má relação com a baliza, só assim se justificando os dois golos apontados na competição. Tem também duas assistências, uma delas de extrema importância ao colocar a bola com régua e esquadro na cabeça de Fellaini para fazer o empate com o Japão nos oitavos-de-final. Aos 27 anos não é só o grande líder da Bélgica, é também o líder de uma geração de muito talento e que pode, legitimamente, aspirar a fazer algo que nunca foi feito. Se tal suceder, Hazard estará na jogada como tem estado nos melhores momentos da seleção orientada por Roberto Martínez.
Suécia-Inglaterra - Sábado (15.00)
Emil Forsberg
Posição: Médio ofensivo
Clube: RB Leipzig
Aos 26 anos parece estar a chegar ao auge da sua carreira. Há três anos, quando foi contratado pelo Leipzig ao Malmö, por escassos 700 mil euros, poucos o conheciam. Cresceu juntamente com o seu clube e hoje é a figura maior da Suécia, sucedendo a Zlatan Ibrahimovic mas sem a presença dominante do sueco. Neste Mundial, o melhor que vimos da Suécia tem a sua assinatura, com o azar de na fase de grupos os lances de golo terem-lhe passado ao lado. Nos oitavos-de-final foi através de uma movimentação sua que a Suécia carimbou o passaporte para os quartos-de-final. Pena estar tão amarrado ao lado esquerdo, mas o 4x4x2 sueco é conhecido pela sua disciplina militar e não se tem dado mal com isso.
Harry Kane
Posição: Ponta-de-lança
Clube: Tottenham
Basta dizer que Kane é apenas o melhor marcador do Mundial com seis golos. Mas não é só, o dianteiro do Tottenham é absolutamente letal visto que teve seis remates certeiros num total de nove. E isto em três encontros. Podemos dizer que marca muitos golos de penálti (3), mas também é preciso ter estrutura mental e qualidade para não tremer da marca dos 11 metros. Aos 24 anos é o artilheiro do Mundial, o capitão da Inglaterra e a principal esperança para que a seleção dos três leões repita a conquista de 1966. E também é, para muitos, o melhor ponta-de-lança da atualidade.
Rússia-Croácia - Sábado (19.00)
Aleksandr Golovin
Posição: Médio ofensivo
Clube: CSKA Moscovo
É uma das grandes surpresas deste Mundial 2018. Apareceu na primeira jornada com estrondo ao marcar um golo e a fazer duas assistências diante da Arábia Saudita. Com o Egito não conseguiu confirmar as credenciais do encontro inaugural, contudo, frente à Espanha provou não ser apenas aquele futebolista fino, que pode desequilibrar quando tem a bola. Esteve implacável na manobra defensiva, tendo sido o recordista de desarmes (6), dando a ideia de ser um jogador completo. Dificilmente continuará na Rússia depois do Mundial...
Luka Modric
Posição: Médio ofensivo
Clube: Real Madrid
É o maestro da Croácia, da muito elogiada Croácia, que parece fadada para altos voos. E o seu grande futebolista é Modric, que, aos 32 anos, tem uma oportunidade dourada de conseguir levar a sua seleção ao cume da montanha. O médio é o cérebro de uma equipa que destila magia. Marcou à Nigéria, fez um golo assombroso na goleada à Argentina de Lionel Messi, jogou 65 minutos em ritmo de treino com a Islândia e geriu todos os ritmos e expectativas na disputada eliminatória com a Dinamarca. Ele é quem decide quando a equipa acelera, abranda, pressiona ou recua. É o mais aproximado neste Mundial de um treinador dentro das quatro linhas.