Pelas 9 horas da manhã, Gracinda estava ainda em pijama. Disse não ter pregado olho a noite inteira. Apenas se lembra do estrondo do autocarro a embater no muro da sua casa e da polícia a retirá-la do local, alegando que não estaria preparada para ver aquele cenário aterrador..A moradora contou que estava dentro de casa quando tudo aconteceu, por volta das 18h30 de quarta-feira. Quando ouviu o barulho, correu com a filha até à rua mas afirmou que, ao chegar ao quintal, apenas viu o que restava do autocarro a galgar o muro e a cair para o terreno, na curva de baixo. Enquanto a filha alertou as autoridades, Gracinda dirigiu-se até junto do pesado, deparando-se "com várias pessoas a meio da erva", que foram projectadas devido a este violento despiste.."Nasci aqui há 66 anos. Já houve acidentes mas nunca tinha visto uma coisa destas na vida", afirmou a moradora, garantindo que já tinha alertado as entidades competentes para o perigo existente nesta zona, pedindo que fossem colocadas lombas no local. Um pedido que, segundo ela, até ao momento não foi atendido..E nada mais disse sobre a tragédia. Apenas que estava em choque com a situação e que preferia não falar mais sobre o assunto para não ter que reviver tudo novamente. "Neste momento prefiro dizer que estou com amnésia", finalizou, dirigindo-se para a habitação que contém ainda as marcas do autocarro..Enquanto observava os destroços no local, outra moradora explicou ao DIÁRIO que só se apercebeu da gravidade da situação quando o marido a chamou para ir à varanda. Disse que as ambulâncias eram tantas e que apenas conseguia ver o aparato, mostrando-se também afetada com o desastre..Mas não foi a única. Com um saco de compras na mão vinha a dona da casa que fica situada em frente ao terreno onde tudo aconteceu. Não se pronunciou sobre o assunto, apenas parou e encostou-se ao muro por breves instantes, lavada em lágrimas..O ambiente era de consternação, num cenário dantesco que arrastou ao local vários curiosos, nomeadamente um residente em Câmara de Lobos que diz ter ido ao Caniço porque "não tem memória de uma coisa assim na Madeira". O silêncio ecoava na Estrada Ponta da Oliveira. As pessoas tentavam debruçar-se sobre as barreiras de segurança para ver os destroços do autocarro e a casa que foi atingida e que ficou parcialmente destruída deixando um desalojado que passou a noite em casa de familiares..Autocarro retirado de madrugada.Quanto ao autocarro acidentado, foi retirado de madrugada. Os trabalhos começaram por volta da 1 hora da manhã e terminaram pelas 5h30. O veículo foi rebocado com a ajuda de duas gruas e de uma pessoa que seguia ao volante do pesado de passageiros para controlar a direção..O autocarro foi retirado pela Estrada Regional e seguiu para um armazém, no Parque Empresarial da Camacha, para serem feitas as peritagens. Elementos da PSP estiveram a desenvolver perícias no local do acidente..aferreira@dnoticias.pt
Pelas 9 horas da manhã, Gracinda estava ainda em pijama. Disse não ter pregado olho a noite inteira. Apenas se lembra do estrondo do autocarro a embater no muro da sua casa e da polícia a retirá-la do local, alegando que não estaria preparada para ver aquele cenário aterrador..A moradora contou que estava dentro de casa quando tudo aconteceu, por volta das 18h30 de quarta-feira. Quando ouviu o barulho, correu com a filha até à rua mas afirmou que, ao chegar ao quintal, apenas viu o que restava do autocarro a galgar o muro e a cair para o terreno, na curva de baixo. Enquanto a filha alertou as autoridades, Gracinda dirigiu-se até junto do pesado, deparando-se "com várias pessoas a meio da erva", que foram projectadas devido a este violento despiste.."Nasci aqui há 66 anos. Já houve acidentes mas nunca tinha visto uma coisa destas na vida", afirmou a moradora, garantindo que já tinha alertado as entidades competentes para o perigo existente nesta zona, pedindo que fossem colocadas lombas no local. Um pedido que, segundo ela, até ao momento não foi atendido..E nada mais disse sobre a tragédia. Apenas que estava em choque com a situação e que preferia não falar mais sobre o assunto para não ter que reviver tudo novamente. "Neste momento prefiro dizer que estou com amnésia", finalizou, dirigindo-se para a habitação que contém ainda as marcas do autocarro..Enquanto observava os destroços no local, outra moradora explicou ao DIÁRIO que só se apercebeu da gravidade da situação quando o marido a chamou para ir à varanda. Disse que as ambulâncias eram tantas e que apenas conseguia ver o aparato, mostrando-se também afetada com o desastre..Mas não foi a única. Com um saco de compras na mão vinha a dona da casa que fica situada em frente ao terreno onde tudo aconteceu. Não se pronunciou sobre o assunto, apenas parou e encostou-se ao muro por breves instantes, lavada em lágrimas..O ambiente era de consternação, num cenário dantesco que arrastou ao local vários curiosos, nomeadamente um residente em Câmara de Lobos que diz ter ido ao Caniço porque "não tem memória de uma coisa assim na Madeira". O silêncio ecoava na Estrada Ponta da Oliveira. As pessoas tentavam debruçar-se sobre as barreiras de segurança para ver os destroços do autocarro e a casa que foi atingida e que ficou parcialmente destruída deixando um desalojado que passou a noite em casa de familiares..Autocarro retirado de madrugada.Quanto ao autocarro acidentado, foi retirado de madrugada. Os trabalhos começaram por volta da 1 hora da manhã e terminaram pelas 5h30. O veículo foi rebocado com a ajuda de duas gruas e de uma pessoa que seguia ao volante do pesado de passageiros para controlar a direção..O autocarro foi retirado pela Estrada Regional e seguiu para um armazém, no Parque Empresarial da Camacha, para serem feitas as peritagens. Elementos da PSP estiveram a desenvolver perícias no local do acidente..aferreira@dnoticias.pt