Ministro das Finanças acena com crise no SNS sem Orçamento do Estado
A discussão ainda não tinha começado e já o ministro das Finanças atirava para cima da mesa um dos temas quentes das últimas semanas com a oposição, em concreto o Bloco de Esquerda, acenando com uma crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS) sem a aprovação do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).
"A aprovação deste orçamento é fundamental para conseguirmos ter mais meios para a saúde, mais meios financeiros para contratar mais profissionais de saúde", apontou João Leão, sobretudo com a atual crise pandémica.
O titular das Finanças indicou a seguir que "o orçamento global do SNS aumenta em 1,2 mil milhões em 2020 face a 2019, no conjunto das fontes de financiamento (europeias e nacionais) e aumenta cerca de de mais 700 milhões face ao Orçamento Suplementar", frisando que "é um reforço extraordinário fundamental para termos mais meios e mais profissionais para reforçar o SNS e em particular no âmbito do combate à pandemia."
O ministro garantiu que o SNS terá mais profissionais com a "contratação de mais cerca de 4200 profissionais a que acresce mais 250 profissionais para o INEM. No global há um aumento líquido de 4500 profissionais de profissionais para o Serviço Nacional da Saúde", garantiu o governante.
O ministro garantiu que o SNS terá mais profissionais com a "contratação de mais cerca de 4200 profissionais a que acresce mais 250 profissionais para o INEM. No global há um aumento líquido de 4500 profissionais de profissionais para o Serviço Nacional da Saúde", garantiu o governante.
O tema foi novamente levantado pela deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, questionando o valor do número de médicos no SNS e a recusa do Governo em avançar com um regime de exclusividade facultativa entre os profissionais do SNS.
"Sobre a dedicação plena ao SNS, mostrámos disponibilidade com o BE para desenvolver no próximo ano essa discussão e também me parece que foi de entendimento mútuo que não era o momento apropriado para fazer a discussão", respondeu o ministro, justificando com a pandemia e que levantar agora a questão criaria "distrações nesta fase e penso que foi partilhada essa perceção e que essa discussão deveria ser tida durante o próximo ano, num contexto em que a pandemia estivesse mais controlada", frisou.
"Ficámos a saber que há disponibilidade, mas não é o momento", atirou a deputada bloquista, lembrando que essa disponibilidade já existia para 2020, mas que não foi concretizada.